O prefeito Cesar Silvestri Filho (Podemos), de Guarapuava, solicitou a liberação das instalações do Centro de Especialidades para transferir a estrutura do Cisgap – Consórcio Intermunicipal de Saúde Guarapuava, Pinhão e Turvo. O pedido foi feito ao secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, durante a entrega da primeira etapa do Hospital Regional, nessa segunda (13).
De acordo com o prefeito, a atual estrutura do Cisgap está saturada. “Com a pandemia, as atuais instalações já não comportam mais a demanda”.
Conforme diretora do Cisgap, Eliane Dranca, para obedecer as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), as Notas Técnicas da Secretaria de Estado da Saúde e os decretos estadual e municipal, em especial do distanciamento social, foi preciso emprestar barracas do Exército. Esses espaços alternativos servem para acomodar pacientes, acompanhantes e usuários que vão até o Cisgap em busca de vacinas.
“Isso porque na mesma estrutura há duas salas para vacinação, entre elas a BCG”.
O Centro de Especialidades do Paraná será referência no atendimento de saúde, em nível especializado de média e alta complexidade, para 20 municípios da Região. Porém, a sede que foi inaugurada pela então governadora Cida Borghetti, como sendo um dos últimos atos do mandato, ainda está fechada.
Como se trata de um local para procedimentos que foram paralisados por causa da pandemia, não vemos porque a estrutura não possa ser cedida ao Cisgap até que o novo consórcio entre em funcionamento. Assim, a estrutura já estará lá e funcionando.
Conforme Cesar Filho, o secretário Beto Preto ficou de analisar a solicitação.
ABERTURA SERIA NO INÍCIO DESTE ANO
Entretanto, vários entraves emperraram a efetivação do Centro de Especialidades, cuja abertura tinha sido anunciada por Beto Preto ainda no primeiro trimestre deste ano. O primeiro deles foi a reformulação do compromisso assumido pela ex-governadora Cida Borghetti. Conforme o que tinha sido acordado o Estado arcaria com 50% do custeio mensal dos serviços, o equivalente a R$ 750 mil.
Entretanto, no Governo de Ratinho Junior, em 3 de outubro do 2019, esse acordo foi reformulado e o Estado deixou de ser um ente consorciado. Assim, a estrutura, de 3.112 metros quadrados de área, será gerida somente pelo Consórcio Integrestores de Saúde, presidido pelo prefeito Cesar Filho.
São 21 consultórios médicos especializados onde será possível fazer exames de várias especialidades. Entre as quais raio-x, ultrassonografia, oftalmologia, audiometria e eletroencefalografia, e cirurgias ambulatoriais. A unidade também será referência para o atendimento da Rede Mãe Paranaense na Região.
De acordo com Eliane Dranca, pelo novo acordo, o Governo repassará R$ 250 mil por mês. O valor de R$ 61 mil repassado pelo convênio do COMSUS será dobrado pelo Governo do Estado. Outros R$ 300 mil são recursos oriundos da fração especializada que hoje está nos três consórcios (Cisgap, CIS Centro-Oeste e Assiscop).
Conforme Dranca, esses recursos são recebidos pelos consórcios em cima de produções, por meio da Sesa, e que serão remanejados ao novo consórcio quando da implantação.
“O restante das despesas será dividido entre os 20 municípios, de acordo com o número de consultas, exames e pequenas cirurgias, contratados para cada um”. Já os custos para as despesas de custeio serão calculados conforme o percentual do número de habitantes de cada município consorciado”.
CISGAP
Agregando Guarapuava, Turvo e Pinhão, o Cisgap oferece uma média de 2.300 consultas por mês em diversas especialidades. São 33 funcionários incluindo estagiários.
De acordo com Eliane Dranca, por conta dos protocolos da OMS, o atendimento está retornando aos poucos de modo fracionado. Conforme Dranca, algumas especialidades já estão na ativa: “Cardiologia, endocrinologia, ortopedia, reumatologia, gastrenterologia, dermatologia, oftalmologia, angeologia e nefrologia.
“Estamos estudando a possibilidade de fazer tele-c0nsulta em pneumologia, neurologia, gastrenterologia e geriatria, neste momento”. Segundo ela, o atendimento é feito em três turnos evitando a aglomeração de pessoas.
Porém, o atendimento às gestantes de alto risco não foi interrompido mesmo com a pandemia, assim como crianças de um ano de alto risco. “Temos uma equipe multidisciplinar à disposição de pacientes diabéticos e hipertensos de alto risco. São feitos contatos por telefone com os pacientes e unidades de saúde para o monitoramento dos mesmos no período de pandemia’.
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