O prefeito Cesar Silvestri Filho, de Guarapuava, deve anunciar a sua permanência no cargo ainda nas próximas horas. Embora a sua pré-candidatura ao Governo do Paraná tenha ganho visibilidade na mídia paranaense e o seu nome tenha surgido em pesquisas de intenções de votos, a renúncia do governador Beto Richa, que também deve ser anunciada nesta segunda feira (26), proporcionará a consolidação de ampla coligação em torno da candidatura da vice Cida Borghetti. Ela deverá assumir o governo a partir de 7 de abril, cooptando grande parte dos partidos em torno do seu nome. Esta situação deverá influenciar na possível decisão do prefeito de Guarapuava, justamente pela dificuldade em cooptar partidos para coligação visando, principalmente, a ampliação do horário político no rádio e na televisão. Hoje o PPS possui apenas 12 segundos, tempo insuficiente para a construção de qualquer discurso televisivo, quanto mais para o repasse de propostas do plano de governo.
ANÁLISE
Neste período em que Cesar Filho assumiu a pré-candidatura, Guarapuava ganhou visibilidade e somou pontos no cenário político paranaense. Liderança jovem, com tons de ousadia dentro do projeto político, Cesar Filho ocupou um espaço que Guarapuava há muito não tinha.
Porém, deverá ser sensato e recuar diante um projeto inviável. Mesmo assim, continuará tendo peso nas eleições majoritárias deste ano, por administrar um município que é polo da região Centro-Sul com universo de mais de 500 mil habitantes.
Se o eleitor paranaense poderá perder mais uma opção de escolha, Guarapuava continuará com quem foi reeleito para um segundo mandato e que concluirá o que começou. Mas um fator fundamental que deverá ser encabeçado pelo prefeito é ampliar o protagonismo político do Município e da região, a partir da recondução e ampliação da bancada de Guarapuava na Assembleia Legislativa do Paraná e a ocupação de uma cadeira na Câmara Federal.