Em abril o valor da Cesta Básica de Alimentos de Guarapuava comprometeu 48,33% do novo salário mínimo, o que equivale à dedicação de 106,33 horas de trabalho. Conforme o Núcleo de Estudos e Práticas Econômicas (Nepe) do Departamento de Ciências Econômicas (Decon) da Unicentro, o valor total da cesta variou entre R$ 427,67 e R$ 921,35 custando em média de R$ 629,29.
Depois de cinco meses consecutivos de redução no valor da Cesta Básica de Alimentos de Guarapuava, o valor volta a aumentar em abril.
O aumento no mês foi de 7,03% em relação ao valor registrado em março, R$ 587,94. Conforme a economista Luci Nychai, o valor da Cesta Básica de Alimentos de Guarapuava em abril, teve impulsionamento pelo aumento de 31,89% dos preços dos hortifrútis. Bem como, do açúcar, laticínios, feijão preto e trigo. “No caso dos hortifrútis, destaca-se o aumento do preço da batata (+57,27%) e do tomate (+39%)”.
Tanto os preços dos laticínios quanto dos hortifrútis, são sazonais porque são influenciados pelo clima, os quais interferem na diminuição da oferta desses produtos principalmente no período de outono-inverno.
Além disso, como destaca Lucy, o aumento dos custos dos insumos de produção também impactam no preço final para o consumidor. Já o aumento do preço do açúcar, se deve a queda da moagem de cana da Região Centro-Sul do Brasil.
Por outro lado, os produtos que apresentaram queda de preço na cesta de abril foram o óleo de soja, o café e o arroz. Desse modo, o maior impacto da inflação de alimentos recai sobre os trabalhadores que ganham até três salários mínimos. Nesses casos, a cesta de alimentos comprometeu em média 29,54%.
Considerando o gasto com alimentação, no mês de abril, o Salário Mínimo Necessário (SMN) em Guarapuava, para fazer frente às necessidades de gastos com mensais de vestuário, despesas pessoais, educação, transporte, habitação, comunicação, saúde, cuidados pessoais e artigos de residência, precisaria ser de R$ 4.529,60.
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