Guarapuava – Apontado na 4º Conferência das Cidades, realizada no fim de 2009 representantes e grupos econômicos do município apontam novo local para a edificação da 2º ponte, no qual foi aceito por unanimidade
Foi discutida no mês de dezembro em conferência realizada em Foz do Iguaçu, a apresentação do local para construção da ponte que ligará o Brasil ao Paraguai. Estavam presentes na reunião o secretário de meio ambiente Edson Mezomo, secretário de Turismo Felipe Gonzalez, secretário de planejamento, Wádis Benvenutt entre outros representantes da cidade fronteiriça.
Segundo a matéria publicada no jornal Folha de Notícias (Primeira Linha), na reunião, foi apontada a região norte do município (Porto Belo), considerada a melhor opção para a edificação; em defesa ao novo local foi criado um documento redigido pelo grupo na conferência, com o tema A Aplicação do Estatuto da Cidade e dos Planos Diretores e a Efetivação da Função Social da Propriedade do Solo Urbano.
A discussão levou ao Chefe Regional do Instituto Ambiental do Paraná IAP Irineu Rodrigues Ribeiro, a se posicionar quanto à possível mudança; que de acordo com o mesmo, o local poderá sofrer grandes impactos ambientais e ainda ser prejudicial à região, que conta com um aterro sanitário.
O chefe regional apresenta em defesa do antigo local, (região do Porto Meira), já aprovado pelo DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, a Resolução Conjunta Nº 01/2006 SEMA/IAP/SUDERHSA, no artigo 3.1, onde mostra que é incompatível a localização de uma edificação em menos que 1.500 metros de distância de núcleos populacionais, a partir do perímetro da área do aterro sanitário.
Neste caso, a edificação da ponte na região norte se torna impossível, pois o local abriga um aterro sanitário, que gera a poluição atmosférica e poluição visual do local.
O impacto ambiental será muito maior no Porto Belo, pela existência do aterro sanitário e do canal da piracema e ainda os condicionantes no acordo bilateral entre dois países, com o proibimento de qualquer edificação nas proximidades da Usina, afirma Irineu Ribeiro.
Além de abrigar o aterro, a região norte também possui o canal da piracema; onde é realizado o processo migratório de peixes durante todo o ano.
O canal da piracema conta com 10 km de extensão que liga o Rio Paraná nas proximidades da usina hidrelétrica. Este canal usa um trecho do leito do Rio Bela Vista para vencer o desnível médio de 120 metros existente entre o Rio Paraná e a superfície do reservatório.
Outra impossibilidade para a existência da 2º ponte na região do Porto Belo seria a existência do canal, pois com a ponte a piracema sofre as consequências, pela emissão de ruídos, gases, odores, particulados, pó e poeira. E a migração dos peixes será drasticamente afetada e ocorrerá o risco de não mais existir, afirma o Chefe Regional.
Argumentando o local escolhido em primeira estância, o Chefe Irineu Ribeiro defende o Porto Meira. Com a construção da ponte o local ganhará maior inclusão social e desenvolvimento de toda a região; do ponto de vista técnico, não haverá possibilidade alguma de transferência locacional da edificação da 2º ponte, finaliza o Chefe Regional.