22/08/2023
Agronegócio Região

Cidades da Região estão entre as 10 que mais produzem erva-mate

Cidades como Bituruna, Pinhão, Irati, Inácio Martins contribuem para que o Paraná seja o maior produtor de erva-mate do país

erva mate

Erva-Mate produzida em São Mateus do Sul. (Foto: José Fernando Ogura/ANPr)

Bituruna, Pinhão, Inácio Martins, União da Vitória e Irati estão entre os 10 municípios paranaenses que mais produziram erva-mate em 2018 de acordo com o IBGE. Porém, São Mateus do Sul, novamente, foi o município que registrou o maior volume de erva-mate extrativa no ano. Foram 70 mil toneladas, o que representa 17,8% do total nacional. A cidade, sozinha, produz mais do que os dois outros Estados no ranking nacional. Isso se forem somados Rio Grande do Sul (24,8 mil toneladas) e Santa Catarina (23 mil toneladas). O cultivo movimentou R$ 468,4 milhões no ano passado no Brasil.

De acordo com o IBGE, o Paraná concentrou 87% de toda a produção de erva-mate do País em 2018. Do total de 393 mil toneladas, 345,09 mil saíram do Estado, especialmente da Região Centro-Sul.

Conforme a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o setor possui forte impacto social, garantindo emprego e renda para ao menos 100 mil famílias no Estado. Assim, a produção por cidade é a seguinte: Cruz Machado (55.200 toneladas), General Carneiro (30.600), Bituruna (30.000). Além de Paula Freitas (21.840), Inácio Martins (15.980), Palmas (14.342), União da Vitória (13.500), Irati (12.200) e Pinhão (9.500).

ERVA-MATE

A erva-mate é o principal produto florestal não madeireiro e seu cultivo é totalmente agroecológico. Assim, por ser plantada na maior parte do Paraná em áreas sombreadas, não exige desmatamento e nem emite carbono.

O governador Ratinho Junior destaca a implementação de políticas públicas para incentivar ainda mais o cultivo da erva-mate. “A ideia é fomentar, melhorar a renda das famílias, produzir alimentos cada vez mais saudáveis e fazer com que a agricultura familiar possa industrializar esses alimentos”.

QUALIDADE

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara a qualidade da erva-mate paranaense, é caracterizada por uma grande produção em áreas com sombreamento. “Precisamos valorizar o esforço do Paraná, que cultiva o produto em ervais sombreados, o que garante um sabor menos amargo”.

Conforme Ortigara, há um capricho todo especial dos agricultores em relação ao adensamento também, o que nos permitiu ganhar um selo de qualidade. “Isso mostra que aquela erva é um produto diferenciado de determinada região do nosso Estado”. Assim, o certificado de qualificação foi entregue em 2017 para os municípios de São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio Azul e São João do Triunfo. Ao todo, 136 cidades cultivam erva-mate no Paraná.

ESCOLA

Como forma de estimular ainda mais o consumo da erva-mate no Estado, a secretaria de Educação e Esporte estuda a inclusão do chá na merenda escolar. A proposta já recebeu sinalização positiva do Governador Ratinho Junior e está em fase final de elaboração.

“Os números do IBGE são a prova da importância da erva-mate, especialmente para o Sul do Paraná. O potencial comercial do produto é enorme e precisa do apoio do poder público para se fortalecer cada vez mais”, diz o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri. “O Governo está trabalhando em várias frentes para ajudar na geração de emprego e renda a todos os envolvidos com a produção da erva-mate”, afirma ele.

CONSUMO

No Brasil, 96% do consumo da erva é para chimarrão e 4% em chás e outros usos. O desafio, de acordo com Ortigara, é agregar valor e ampliar o mercado, já que a participação na grade de exportação brasileira ainda é pequena, reservando cerca de 10% da produção para a venda internacional.

“A erva-mate vem ganhando espaço no mundo pela diferenciação dos produtos que se permite fazer. Vai desde o tradicional chimarrão, passando pelos chás quentes ou gelados, até cosméticos e produtos de limpeza e higiene”, explica o secretário.

De acordo com Rogério Nogueira, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Paraná exportou três mil toneladas no ano passado. Assim, 90% da exportação vai para o Uruguai.

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Cristina Esteche

Jornalista

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