22/08/2023


Brasil Geral

Cientista planeja fazer primeiro transplante de cabeça em 2017

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Da Redação

Pode até parecer coisa de ficção científica, mas o neurocientista italiano Sergio Canavero, da Universidade de Turim, garante que será capaz de realizar o transplante de cabeças em humanos já em 2017.

Canavero publicou os resultados de seus últimos três experimentos com animais na revista internacional de neurocirurgia Surgical Neurology International. Os estudos confirmaram a possibilidade de superar a principal dificuldade desse tipo de cirurgia: recuperar as funções da medula espinhal.

Assessorado por uma equipe de cirurgiões sul-coreanos, Canavero operou um cachorro totalmente paralisado do pescoço para baixo. Passadas duas semanas, o animal foi capaz de andar. Outros experimentos foram realizados em camundongos e ratos. Os camundongos não chegaram a se recuperar da paralisia. Já no grupo de controle de ratos, um voltou a andar.

Críticos alegam que o número de experimentos realizados por Canavero em ratos e camundongos é insuficiente para fornecer resultados conclusivos. Além disso, há quem diga que a equipe de Canavero não apresentou informações completas sobre a extensão dos danos sofridos pelo cachorro antes da cirurgia.

Apesar disso, o neurocientista planeja realizar o primeiro transplante de cabeça em humanos já no final de 2017. A ideia já foi acolhida por um hospital vietnamês, que ofereceu suas instalações e equipamentos para o procedimento.

Recentemente, o mais provável candidato ao polêmico procedimento, cidadão russo Valery Spiridonov, revelou o plano detalhado da cirurgia de Canavero. Segundo ele, a operação terá uma duração total de 36 horas, a cabeça devendo ficar destacada do corpo por no máximo uma hora. Em seguida, o paciente ficará em coma induzido por cerca de um mês, a fim de permitir a reconexão de todas as terminações nervosas. A reabilitação deverá durar cerca de um ano. Spiridonov é portador da síndrome Verdniga-Hoffmann, uma doença genética grave que enfraquece os músculos e gradualmente priva a pessoa da capacidade de se mover. As informações são doSputnik News Brasil.

Cristina Esteche

Jornalista

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