Um grupo de pesquisadores suíços elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da Aids, onde mostra a defesa natural do corpo contra a doença. Com o novo traço, tratamentos personalizados poderão ser aplicados. Os cientistas da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL, sigla em francês) e do Hospital Universitário do Cantão de Vaud, ambos na Suíça, publicam hoje (29) os resultados de seu estudo conjunto sobre a doença na revista científica "E.Life".
Através da pesquisa com cepas do vírus HIV em um hospedeiro humano, os pesquisadores puderam identificar mutações genéticas específicas, um sinal que reflete os ataques produzidos pelo sistema imunológico.
Com esse sistema, os cientistas podem reconhecer as variações genéticas que ocorrem em algumas pessoas mais resistentes ao vírus e em outras mais vulneráveis, além de usar essa informação para criar tratamentos individualizados.
Com a ajuda de um supercomputador, os cientistas cruzaram mais de 3 mil mutações possíveis no genoma do vírus, com mais de 6 milhões de variações do genoma de 1.071 pessoas soropositivas.
Os autores do estudo, acreditam que o trabalho permitiu obter uma visão mais completa dos genes humanos e a resistência imune ao HIV, o que pode gerar novos tratamentos inspirados nas defesas genéticas naturais do corpo humano.