22/08/2023


Brasil Política

Ciranda no governo tem troca de seis ministros

E a troca anunciada nos ministérios pelo governo federal nesta segunda (29), gerou crise na cúpula das Forças Armadas

Brasília 60 Anos - Esplanada dos Ministérios

Troca anunciada nos ministérios, gera crise na cúpula das Forças Armadas (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Uma nova crise política se instala no governo federal. Nesta segunda (29), a Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações (Secom) confirmou a mudança no comando de seis pastas do primeiro escalão.

Chamada de reforma ministerial do presidente Jair Bolsonaro, a primeira troca começou cedo. De acordo com as informações Ernesto Araujo deixou o Ministério das Relações Exteriores na manhã desta segunda. O pivô teria sido a falta de trato com a China quando ele responsabilizou esse país pela disseminação da covid-19.

Depois foi a vez do Ministério da Defesa perder o titular. Assim sendo, o general Fernando Azevedo e Silva pediu demissão. Entretanto, segundo informações da imprensa nacional, essas demissões geraram uma crise nas Forças Armadas. Tanto é que a cúpula militar está reunida na noite de hoje e pode anunciar uma debandada do governo.

Se isso se confirmar será um fato inédito na história do país. Todavia a ciranda no primeiro escalão de Bolsonaro inclui ainda mudanças na Casa Civil, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, na Secretaria de Governo e na Advocacia-Geral da União (AGU). O presidente confirmou as mudanças nas redes sociais e informou que as nomeações sairão no Diário Oficial da União.

‘NOVOS NOMES’

De acordo com o Planalto, a Casa Civil será comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, em substituição ao também general Braga Netto. Ramos, que até então ocupava a Secretaria de Governo, será substituído pela deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), que faz parte da base de apoio do governo no Congresso.

Já Braga Netto será deslocado para o comando do Ministério da Defesa no lugar do general Fernando Azevedo e Silva, que anunciou mais cedo a demissão do cargo. O governo também confirmou o diplomata Carlos Alberto França, para o Ministério das Relações Exteriores. Ele é assessor especial de Bolsonaro, mas que até poucos meses atrás ocupava o cargo de chefe do cerimonial da Presidência.

Na AGU, o governo anunciou o retorno de André Mendonça ao cargo, que assim deixará o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele entra no lugar de José Levi, que informou mais cedo sobre a saída do cargo.

Assim, Mendonça volta a ocupar o mesmo cargo em que esteve até abril de 2020, quando substituiu o ex-ministro Sergio Moro no comando do MJSP. No lugar dele no Ministério, assumirá o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo