Já foram registradas 4.701 queixas relacionadas à pandemia do novo coronavírus pelos clientes de planos de saúde. As queixas foram feitas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre o início de março e o dia 15 de junho. Dessa maneira, o dado faz parte da segunda edição do boletim da Covid-19 divulgado hoje (22).
Entre as queixas recebidas, 36% dizem respeito a exames e tratamentos de doenças. Outros 43% reclamavam de outras assistências afetadas pela pandemia. E, 21%sobre a falta de assistência, contratos ou regulamentos.
Além disso, as reclamações sobre as dificuldades em fazer exames e tratamentos da Covid-19 seguem aumentado desde abril. Apenas nos primeiros 15 dias de junho, foram 452 queixas.
De acordo com a ANS, em janeiro, fevereiro e março, 2020 superou o número de reclamações do ano passado. A maior diferença foi no primeiro mês do ano, quando foram registradas 15.102 ocorrências, contra 9.661 no mesmo período do ano passado.
INTERNAÇÕES
Além disso, o boletim também informa dado sobre as internações de pacientes com Covid-19. Para esses dados, a agência decidiu usar uma mediana em vez de uma média simples. Segundo a agência, “a mudança foi feita por ser a mediana mais adequada quando há dados discrepantes – natural em virtude da grande heterogeneidade do setor –, evitando que valores destoantes interfiram no resultado da análise”.
Assim, o boletim diz que a mediana de dias de internação na UTI por Covid-19 passou de 10,9 dias em abril para 12 dias em maio, o que elevou o custo por internação de R$ 40.477,00 para R$ 48.150,00. Também contribuiu o encarecimento da diária de internação, que subiu de R$ 3.714,00 para R$ 4.013,00.
Nos leitos comuns, a mediana de dias de internação também subiu, de 5,1 para 5,8 dias. O custo por diária aumentou de R$ 1.611,00 para R$ 1.808,00, e o custo total por internação, de R$ 8.133,00 para 10.393,00.
INADIMPLÊNCIA
A agência reguladora também informou no boletim que a inadimplência teve alta no mês de maio. Nos planos familiares, o percentual de clientes que não quitaram o valor contratado subiu de 12% para 15%. Já nos planos coletivos, a média subiu de 6% para 8%. Se considerados os dois grupos, a inadimplência geral foi de 9% para 11%.
*(Com informações da Agência Brasil)
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