22/08/2023
Cotidiano Paraná

Colheita de uva já começou no Paraná, sexto maior produtor do Brasil

Os produtores do Paraná já trabalham na colheita de uva, cuja atividade se estende de janeiro a março, dependendo da Região

Plantação de uva. Foto: Gilson Abreu/AEN

Colheita de uva já iniciou (Foto: Gilson Abreu/AEN)

Os produtores de uva do Paraná já trabalham na colheita da fruta, cuja atividade se estende de janeiro a março, dependendo da Região e da forma de cultivar. O Estado é o sexto maior produtor nacional dessa que é a quinta fruta mais produzida no mundo.

De acordo com a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), das Nações Unidas, as uvas participaram com 8% das 968,9 milhões de toneladas de frutas colhidas em 2019. Elas cobriram 6,9 milhões de hectares distribuídos em 91 países e renderam 77,1 milhões de toneladas. Na liderança aparece a China, com 10,8% da safra mundial, seguida da Itália (10,2%) e Estados Unidos (8,1%).

Na 15ª posição, o Brasil foi responsável por 1,4 milhão de toneladas, o que corresponde a 1,9% da produção mundial, colhidas em 73,7 mil hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional que se estendeu por 19 unidades da Federação, com 51,2% do volume. É seguido por Pernambuco (24,4%) e São Paulo (10,4%).

NO PARANÁ

Conforme a Agência Estadual de Notícias, na sexta posição, o Paraná colheu 53,2 mil toneladas de uvas em 3,6 mil hectares em 2020, o que representa 3,8% da produção brasileira. Entre 2011 e o ano passado, influenciado pelo reposicionamento da viticultura de mesa no País, o Paraná observou redução de 41,5% na área plantada e de 49,3% em volumes colhidos.

Mas as uvas rústicas, destinadas à transformação agroindustrial, foram responsáveis por 39,9% do volume em 2021, o que aponta para novo posicionamento no Estado.

As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) tiveram 14,4 mil toneladas de uvas vendidas no ano passado, com preço médio de R$ 6,63 o quilo, alavancando movimentação financeira de R$ 95,4 milhões. Já os produtores paranaenses de uva fina de mesa receberam, na média anual, R$ 5,89 pelo quilo. Do volume comercializado, 33,5% são do Paraná e 30,2%, de São Paulo.

MANDIOCA E MILHO

O documento do Deral registra, ainda, a previsão de colheita de mais de 2,9 milhões de toneladas de mandioca em 131 mil hectares do território paranaense. Assim, isso representa queda de 3% em relação ao que foi colhido no ano passado.

Há análise sobre o comportamento da cultura do milho de primeira safra que, de modo geral, está em situação crítica devido à estiagem. As condições climáticas não favoráveis atrapalham igualmente o início do plantio da segunda safra, que está bastante tímido.

SOJA E TRIGO

Os produtores de soja do Paraná começaram a colheita da safra 2021/22 nesta semana. Com 2% da área já colhida, as condições gerais de campo mostram piora significativa, o que vai refletir em menor produtividade.

De acordo com o boletim agropecuário, a extensão a ser ocupada pelo trigo ainda é incerta no Estado. Entre as razões está um possível aumento de área do milho safrinha, devido ao preço mais atraente ou antecipação na colheita da soja.

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Antunes

Jornalista

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