22/08/2023

Com ajuda da RSN, amigos se reencontram 20 anos depois de servir quartel

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Jonas Laskouski

Guarapuava – Há poucas coisas tão gratificantes nessa vida como rever velhos amigos. Na verdade, amigos antigos, independentemente do tempo que estão afastados ou distantes. E não importa se eram muito ou pouco próximos, são pessoas que fizeram parte de momentos importantes que ficarão registrados para sempre.

Reavivar velhas amizades é como abrir um vinho de uma boa safra que estava guardado na adega, e de repente ao abri-lo, somos invadidos por cheiros e sensações do passado, que nos remetem àqueles momentos felizes, arquivados em nossas memórias. Tempo de quartel é assim, não é rapaziada?

Colegas que serviram juntos em 1995 na 1ª. Bateria de Obuses no 26º G.A.C. (Grupo de Artilharia de Campanha) em Guarapuava, se reencontraram neste domingo (01) em uma confraternização realizada no Gresga. O almoço com os amigos distantes há duas décadas só foi possível graças a uma mãozinha da RedeSul de Notícias. Há cerca de 40 dias, a RSN noticiou que os reservistas daquela bateria, composta por 59 militares na época, estavam se mobilizando para promover um encontro e divulgou uma lista daqueles que ainda não haviam sido encontrados. Nem nas suas expectativas mais otimistas, o hoje empresário Aroldo dos Santos, da turma de 95 imaginou que em poucos dias conseguiria encontrar muitos dos nomes daquela lista. “Um amigo foi achando o outro, marcando o perfil do outro, compartilhando e assim encontramos mais de 20. Foi muito divertido, rendeu comentários e muitas lembranças”, disse.

Dos 59 amigos, apenas sete não conseguiram ser localizados e infelizmente, dois deles vieram a falecer – um afogado e outro de infarto, há dois anos. Dos 50 contatados, 22 puderam se abraçar e conhecer seus familiares e filhos. Um deles, o analista de sistemas Herbert Cristian Espig veio com a família de Curitiba e se emocionou ao rever os amigos. “Eu estava buscando informações sobre o Enem e sem querer, localizei a notícia no Google. Foi incrível e o encontro está sendo maravilhoso”. Também vieram amigos de Prudentópolis, Imbituva, Pinhão e Nova Prata do Iguaçu.

Durante o dia de confraternização, lembraram histórias e deram muitas risadas. Para entrar no clima da brincadeira, a turma se chamava pelo número do fardamento, fizeram formação com o grito de guerra e recordaram as vezes que foram para a “prisão” do quartel por mau comportamento. “Coisa de piazada”, disse Adriano Borges dos Santos, nº 301, o mais antigo da turma. Ele contou que recebeu o convite para o encontro “como uma convocação”.

“Este momento é muito legal porque tivemos pouco contato nesses últimos 20 anos e o período do quartel foi muito intenso, ficávamos o tempo todo juntos, até nos finais de semana. Fizemos uma amizade muito forte”, lembra Argeu Carlos Leite, que por ser mais antigo, da turma de 94, “judiava” do pessoal de 95.

Os laços de amizade foram contruídos em uma fase que, segundo eles, é inesquecível. Muitos contam que foram para o quartel contrariados e que, depois de nove meses de serviço, deram valor a experiência.

“Muita lembrança veio à tona e reconstruiu um passado que jamais queremos esquecer”, disse Fábio Zielinski, que um dia antes do encontro, disse que nem conseguiu dormir direito. “Conhecer novas pessoas nunca será melhor que reencontrar um velho amigo”.

A RedeSul de Notícias agradece a Cleidy Trianoski pelas fotos do reencontro.

Cristina Esteche

Jornalista

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