A tradição da Páscoa segue firme, mas o bolso do consumidor pesa mais na hora da escolha. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a data em 2025 deve mobilizar 102,6 milhões de consumidores em todo o Brasil — quatro milhões a menos do que no ano passado. O motivo? Cautela com os gastos.
De acordo com a pesquisa, endividamento (21%), desemprego (20%) e a necessidade de economizar (23%) são os principais fatores para que parte dos brasileiros evite as compras neste feriado. Ainda assim, 63% dos entrevistados pretendem manter a tradição e ir às lojas.
OVO DE CHOCOLATE SIM — MAS COM PREÇO JUSTO
Os chocolates seguem como principais protagonistas da Páscoa. Ovos industrializados lideram a intenção de compra, seguidos por bombons, ovos caseiros e barras artesanais. Em média, cada consumidor deve adquirir cinco itens, com gasto estimado em R$ 247.
A pesquisa mostra que os filhos serão os mais presenteados (55%), seguidos por mães e cônjuges. Mas o foco será no essencial: 85% dos entrevistados disseram que vão pesquisar preços antes de comprar, principalmente ovos de Páscoa. Para 69%, os preços estão mais altos do que no ano passado.
PAGAMENTO À VISTA E LOJAS FÍSICAS AINDA SÃO MAIORIA
A preferência é clara: 72% dos consumidores pretendem pagar à vista, com o PIX como principal meio de pagamento (51%), seguido pelo cartão de débito (36%). Já 56% devem parcelar as compras, com média de quatro parcelas.
Apesar da facilidade da internet, as lojas físicas ainda concentram a maioria das vendas: 95% disseram que devem comprar presencialmente, principalmente em supermercados e lojas especializadas. As compras online aparecem como opção para apenas 22% dos consumidores.
ENDIVIDAMENTO PREOCUPA COMÉRCIO
Um dado preocupante para o setor é que um terço dos consumidores que pretendem comprar está com contas em atraso, e 76% desses estão negativados. Outros 21% admitem gastar mais do que podem na Páscoa e 8% afirmam que vão deixar de pagar alguma conta para garantir os chocolates.
Segundo a ACIG, esses números reforçam a importância do planejamento. O comércio local se prepara para atender a essa nova realidade: preços mais competitivos, variedade de produtos e condições facilitadas de pagamento devem nortear as vendas deste ano.
A pesquisa ocorreu em março, com 936 consumidores em todas as capitais brasileiras. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
*Com informações, Acig.
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