Dona Bernadete é uma das cozinheiras do Instituto Virmond, antigo Hospital Santa Tereza, em Guarapuava. Trabalhando lá há 35 anos ela se depara com um problema drástico. Falta ingredientes para que ela possa preparar a comida de pacientes.
Ela protagoniza um vídeo feito pela assessoria de imprensa do Instituto em que expõe a situação. Conforme a cozinheira, na sexta (27), por exemplo, ela contava apenas com arroz, feijão, couve e beterraba. “A couve deu pra fazer um viradinho”.
Nesta segunda (30), está um pouco melhor, de acordo com a assessoria. É que a campanha de arrecadação de alimentos está sendo reforçada, segundo disse o assessor de imprensa Reinaldo Rocha ao Portal RSN. “Recebemos algumas doações e a situação hoje não é tão drástica. Mas as refeições são diárias”.
De acordo com Reinaldo, essa situação se agrava a cada fim de ano. Isso porque o repasse da contratualização feita pelo Governo Federal é estancada. Depende abertura do orçamento. Conforme a assessoria, o Instituto recebe mensalmente em torno de R$ 1,4 milhão por mês.
Esse repasse, no entanto, é feito com atraso o que dificulta a logística do hospital. Com 172 leitos lotados e atendendo 22 municípios, o universo é de cerca de 500 mil pessoas. Mais de 90% são pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
ATRASO DE PAGAMENTO
Além da falta de alimentos, o Instituto convive com atraso na folha de pagamentos dos mais de 400 funcionários. Estão incluídos os médicos. O 13º salário também encontra-se em aberto. Conforme Reinaldo, nesta segunda (30) roda parte da folha atrasada.
Ele disse também que o atraso é de apenas um mês. Mas ele não contabiliza as pendências das diretorias anteriores. “Sempre dissemos que o nosso compromisso era a partir do momento em que a atual diretoria assumiu”.
SERVIÇO
Quem quiser doar pode entrar em contato pelo telefone (42) 3621-6225.
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