22/08/2023


Guarapuava Segurança

Com ‘habeas corpus’ revogado, Kelvyn volta à cadeia em Guarapuava

Kelvyn estava respondendo em liberdade, no entanto, a Justiça decidiu revogar o habeas corpus. Já o pai de Kelvyn continua solto

Kelvyn era proprietário da BTK Holding (Foto: Will Kovaliu)

Kelvyn volta à cadeia depois de ter habeas corpus revogado (Foto: Will Kovaliu)

O Tribunal de Justiça do Paraná revogou o ‘habeas corpus’ do empresário Kelvyn Baltokoski. Sendo assim, ele se encontra na cadeia pública de Guarapuava desde a última sexta (26). De acordo com as informações repassadas ao Portal RSN, somente o empresário voltou a ser preso, o pai dele, Valdecir continua em liberdade.

Conforme o promotor Pedro Papais, chefe do Gaeco, o empresário Kelvyn tinha dois mandados de prisão contra ele. O primeiro mandado, ele ganhou habeas corpus e respondeu em liberdade. No julgamento do segundo mandado, onde havia apenas a liminar, ele perdeu o mérito. Por isso, ele precisou retornar à cadeia.

O documento detalha que a decisão foi fundamentada em “elementos que demonstram a gravidade da conduta”. Desse modo, a prisão preventiva é necessária para garantia da ordem pública e da ordem econômica. Veja um trecho do documento. 

(Imagem: Acórdão/Tribunal de Justiça do Paraná)

OPERAÇÃO DAMNA

Kelvyn e o pai Valdecir, além do empresário David Gonçalves, estão envolvidos nas investigações desenvolvidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O golpe se assemelha ao aplicado por Bernard Madoff, ex-presidente da Nasdaq e financista responsável pela maior fraude financeira da história dos Estados Unidos. Kelvyn estava em liberdade desde 14 de abril deste ano.

De acordo com o Gaeco, a operação teve 54 denúncias criminais. A operação deflagrada em dezembro de 2021, apurou ilícitos ligados a golpes financeiros praticados por meio de duas empresas do ramo de investimentos. Conforme as informações, se trata da BTK e da Acertt.

Dessa forma, o Gaeco sustenta que os 12 requeridos nas ações penais, sócios e empregados das empresas, cometeram crimes de organização criminosa. Sendo eles, lavagem de ativos, estelionato, favorecimento real e falsidade ideológica, entre outros.

Assim, as denúncias são de 400 representações criminais feitas ao MPPR por pessoas que acabaram lesadas pelos grupos empresariais. Desse modo, considerando apenas essas vítimas, os denunciados chegaram a captar cerca de R$ 40 milhões.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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