22/08/2023

Com o fim da greve, bancos reabrem as portas às 10 horas desta segunda-feira

Após 21 dias de greve os bancários retornam às atividades normais nesta segunda-feira (17), às 10 horas. A decisão pelo fim do movimento foi tomada durante assembléias realizadas nas primeiras horas de hoje na sétima rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Guarapuava, Eloi Myszka, três propostas principais foram aceitas.

A Fenaban propôs reajuste salarial de 9% (inflação do período mais aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passaria para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com elevação da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).

A proposta dos bancos inclui também avanços nas condições de saúde, segurança e trabalho. "Conquistamos uma cláusula que proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Também obtivemos outra cláusula que obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes", salienta.

De acordo com Myszka, os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado. “Os bancários vão trabalhar duas horas amais por dias, mas internamente. O horário de atendimento ao público não altera”, explica Myszka.

As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários,envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB", salienta o presidente da Contraf-CUT. 

 

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Cristina Esteche

Jornalista

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