22/08/2023
Brasil Economia Em Alta

Combustíveis já sobem no dia 1º de janeiro com reajuste do ICMS

Com alta no ICMS, gasolina, diesel e gás de cozinha ficam mais caros a partir de 1º de janeiro de 2026, impactando no bolso do consumidor

Posto de gasolina (Foto: Freepik)

Mal começa 2026 e o consumidor paranaense já sente no bolso o peso de novos reajustes nos combustíveis. A partir desta sexta (1º), entram em vigor os aumentos sobre gasolina, diesel e gás de cozinha, com impacto imediato nas bombas de todo o estado. A alta ocorre por conta da nova elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Com isso, o litro da gasolina terá acréscimo de R$ 0,10, passando a custar R$ 1,57 na saída da refinaria. Já o diesel sobe R$ 0,05 por litro, indo para R$ 1,17. O gás liquefeito de petróleo (GLP), o tradicional gás de cozinha, sofrerá reajuste de 5,7%, o que representa aumento de R$ 1,05 por botijão de 13 quilos.

O aumento do ICMS, imposto que, desde 2022, passou a ter uma alíquota fixa e nacional, já havia sido adotado em fevereiro de 2025. Marca agora o segundo ano consecutivo de majoração tributária sobre os combustíveis.

De acordo com a Paranapetro, entidade que representa os postos de combustíveis no Paraná, o impacto será imediato. “O repasse do imposto por parte das distribuidoras para os postos é imediato, o que reflete em aumento para o mercado”.

IMPACTO NO CONSUMO E NA ECONOMIA

Por se tratar de um insumo fundamental em toda a cadeia logística e de transporte, o reajuste no preço dos combustíveis tende a irradiar efeitos para outros setores da economia. Isso acaba pressionando os custos operacionais de empresas e, consequentemente, os preços finais ao consumidor.

De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), o reajuste leva em conta a variação dos preços médios mensais dos combustíveis, apurados pela ANP entre fevereiro e agosto de 2025. Isso em comparação com o mesmo período de 2024. Ainda assim, o aumento vem num momento de sensibilidade econômica e pode dificultar o controle da inflação no início do ano.

O quadro traz um cenário sem paridade internacional, mas com peso tributário. Mesmo após o abandono da política de paridade internacional de preços pela Petrobras, medida implementada no início do governo Lula para afastar os reajustes automáticos atrelados ao dólar e ao barril do petróleo, o custo dos combustíveis segue suscetível às decisões fiscais internas.

Enquanto a política de preços da estatal se distancia do mercado internacional, os tributos estaduais voltam a ganhar protagonismo no valor final pago pelos brasileiros. E, neste caso, 2026 começa com o pé no acelerador  e no preço.

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Cristina Esteche

Jornalista

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