Como presidente, Napoleão diz que ´o tempo resolve tudo´

Cristina Esteche e Rogério Thomas

Usando a tribuna da Câmara Municipal de Vereadores já como presidente eleito, João Napoleão não se furtou de falar do tempo em que assumiu o Legislativo para um mandato tampão, logo após a prisão do então presidente Admir Strechar (PMDB). Napoleão, que era o vice, e que tinha o nome envolvido na Operação Fantasma, lembrou que nesse período trabalhou para colaborar com o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nas investigações em curso na época. “Mas o tempo resolve tudo”, afirmou referindo-se às acusações antecipadas contra o seu nome. O presidente eleito disse também que fez a campanha para a reeleição com a cabeça erguida. Foi reeleito e agora colocou o seu nome à disposição dos demais vereadores para voltar a presidir o Legislativo. “Agora vou sentar nessa cadeira com os votos da maioria dos vereadores e vou honrar a confiança de cada um dos senhores”.

Garantindo que vai proporcionar condições de trabalho para cada vereador, afirmou ainda que vai “cuidar de todos”, incluindo aqueles, que “motivos alheios às suas vontades” deixaram de votar no seu nome.

Hoje uma das maiores reclamações dos vereadores é a economia radical imposta pelo atual presidente Edony Kluber, deixando faltar, segundo vereadores, até material de limpeza, higiene e água.

A moralização da Câmara e a consequente recuperação da imagem voltou pautou o discurso do presidente eleito.