22/08/2023
Cotidiano

Companhia Força e Luz do Oeste estima economia de 0,4% com horário de verão

imagem-9474

Guarapuava – O horário de verão brasileiro começará dia 18 de outubro, e os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste – estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a expectativa é que o horário de verão reduza a demanda de energia elétrica entre 4 e 5%. Na área de concessão da Companhia Força e Luz do Oeste, uma empresa da Rede Energia, a expectativa é de que haja uma redução no consumo de 0,4%.
Segundo o Gerente Regional da Companhia Força e Luz do Oeste, Dalessandro Luis Maffei, a estimativa é de uma economia de 299.283 kWh durante os 120 dias do horário de verão. Este consumo atende, durante 1 mês, a 2.054 residências ou todo o consumo de uma cidade com aproximadamente 6.100 habitantes”.
Mafei esclarece ainda que, “a economia de energia não é foco principal do horário de verão, o mais importante é a redução da demanda de energia no horário de pico, o que deixa o sistema de abastecimento mais seguro”.
O parque gerador do país é concentrado em energia hidrelétrica. O volume de chuva deste ano garantirá pleno abastecimento, não sendo necessário acionar as termelétricas.
O horário de verão terminará no dia 21 de fevereiro.

Data fixa
A partir deste ano, a medida terá datas fixas para início e término. Antes, anualmente, era publicado um decreto para definir o período da mudança.
De acordo com decisão anunciada pelo governo no ano passado, o horário de verão entrará em vigor sempre à 0h do terceiro domingo de outubro e se estenderá até o terceiro domingo de fevereiro seguinte. Há, no entanto, uma ressalva: caso o terceiro domingo de fevereiro seja o de Carnaval, o encerramento do horário de verão fica para o próximo domingo.

Horário de verão
O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados atingidos e no período de duração.

Curiosidades
Em 1784, quando ainda não existia luz elétrica, o jornalista e inventor Benjamin Franklin viu que gastava muitas velas quando trabalhava de noite. Acordar mais cedo passou a ser a sua solução de economia, e ele chegou a sugerir que as praças tivessem “barulhos de canhões para fazer os preguiçosos levantarem mais cedo todos os dias”. Para alívio dos vizinhos, a idéia de Franklin não foi implementada, mas ela foi o embrião do que hoje chamamos de horário de verão.
A idéia de ajustar os relógios veio um pouco mais tarde, em 1905, com o construtor William Willett. Ele lutou anos para conseguir introduzir o horário de verão na Inglaterra, mas morreu sem ver sua idéia funcionar.
Foi apenas na Primeira Guerra Mundial, em 1914, que o horário de verão foi introduzido pela primeira vez, na Alemanha. Rapidamente, outros países também adotaram a técnica, inclusive os EUA. No pós-guerra, no entanto, os fazendeiros americanos conseguiram derrubar a medida, que também caiu em vários outros países.

Outros benefícios
A economia de energia não é o único benefício da implantação do horário de verão. Muitos países adotam a medida por conta da diminuição da criminalidade no horário de saída do trabalho e também pelo aumento do lazer da população, que pode curtir o fim de tarde por mais tempo.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.