22/08/2023

Compre um artesanato e leve conhecimento

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Eles já estão acostumados com olhares de julgamento de algumas pessoas. Sabem que a forma que se vestem de certa forma agride a sociedade. Mas tudo isso é irrelevante para quem “vive o momento” e faz o que gosta, como é o caso de Rogério Pinho, Leandro Campos e Moacir Gaspar, artistas de rua que mostram seus artesanatos no calçadão da XV em Guarapuava.

 

Os “malucos de BR”, termo utilizado entre eles, chegaram em Guarapuava a pouco tempo. Vindos de São Paulo e Minas Gerais, dizem que o melhor do trabalho deles é poder conhecer lugares, cultura e costumes diferentes. “Lá em Belo Horizonte eu não vou comer pinhão sempre, tomar chimarrão ou ver alguém andando de bombacha na rua. Esse conhecimento dos lugares é um aprendizado para nós”, diz Moacir Gaspar.

 

Um aprendizado que as pessoas que pararem para conversar com os rapazes também podem adquirir. Rogério já esteve em 9 estados do Brasil, Moacir em 12, bagagem suficiente para falar da beleza e da cultura de muitos lugares. “Cada lugar tem sua beleza diferente, assim como os costumes”, fala Rogério.

 

Sentados, em várias calçadas do país, esperando alguém para comprar pulseiras, colares, brincos ,feitos por eles, ou para uma rápida conversa, os artistas vão vendo o ritmo do cotidiano das pessoas nos grandes centros e na cidades do interior. “Em cidades maiores as pessoas nem param para conversar com a gente. Em uma cidade mais do interior as pessoas dão mais atenção. Isso de fazer amizade é bacana para nós”, explica Moacir que também é fotógrafo.

 

O trabalho dos três artistas de rua nada mais é que “uma diversão”. “A felicidade não está no dinheiro. Você poder ajudar uma senhora a atravessar a rua já é uma alegria. A felicidade está nas coisas simples, por isso nós gostamos do que fazemos”, comenta Rogério que está de viagem marcada para o Pantanal.

 

Como dito pelos rapazes: a felicidade está nas coisas simples. É assim também com o conhecimento que pode ser encontrado em qualquer esquina, precisa apenas ter um olhar sem preconceito e um tempo para conversar, assim, você vai conhecer um estilo de vida que diz “viver sem ter medo de ser feliz”, como lembrou Leandro Campos.

Cristina Esteche

Jornalista

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