22/08/2023
Economia Paraná Política

Conab vai intervir para garantir preço mínimo do feijão-preto, afirma Zeca Dirceu

Medida de subvenção busca socorrer produtores que enfrentam preços abaixo do custo de produção, mesmo com safra recorde no Paraná

Zeca Dirceu e Edegar Pretto, diretor da Conab (Foto: Divulgação)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai iniciar um programa de subvenção para garantir um preço justo aos produtores de feijão-preto do Paraná e de todo o país. A informação foi adiantada pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT), que acompanha as negociações em Brasília.

A medida é uma resposta urgente à crise de preços que afeta o setor. Atualmente, o valor pago pela saca de 60 kg aos produtores paranaenses está em torno de R$ 130, bem abaixo do preço mínimo de R$ 152,91 fixado pelo governo e ainda mais distante do custo de produção, estimado em R$ 180 por saca.

De acordo com o deputado, a portaria interministerial que autoriza a subvenção já foi assinada pelos ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário. “Após a publicação da portaria no Diário Oficial da União, a Conab poderá iniciar as operações para subsidiar os produtores.”

O cenário atual é paradoxal. O Paraná, líder nacional na produção de feijão, colheu uma safra recorde de quase 865 mil toneladas em 2025. No entanto, a alta produtividade aumentou a oferta no mercado, pressionando os preços para baixo e causando prejuízos significativos aos agricultores. De acordo com Zeca, há uma extrema preocupação para os produtores de feijão-preto. “O preço atual não cobre sequer os custos de produção”. O parlamentar já havia alertado o presidente da Conab sobre a situação em maio.

EXPORTAÇÃO COMO SAÍDA A LONGO PRAZO

Além da subvenção, Zeca Dirceu defendeu a necessidade de abrir novos mercados para o feijão brasileiro, principalmente na América Central, como uma solução de longo prazo. Atualmente, países da Região aplicam tarifas de importação que podem ultrapassar 25%, dificultando a competitividade do produto nacional.

“Ficou evidente que será necessária uma mobilização do governo visando à redução ou eliminação das alíquotas de importação.” Por fim, Zeca informou que o governo federal analisará a possibilidade de negociar em bloco, via Mercosul, ou de forma bilateral com cada país.

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Thiago de Oliveira

Jornalista

Jornalista formado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. @tdolvr

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