Foi concluído pela Polícia Civil o inquérito policial sobre o tiroteio que ocorreu na rodoviária de Guarapuava no dia 5 de abril e que resultou na morte na três pessoas, entre elas, o policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Andrigo Pires, de Curitiba. Dois traficantes também morreram na ação. A informação de conclusão foi confirmada com exclusividade ao Portal RSN pela assessoria da Civil. O caso foi encaminhado para Justiça.
A última informação pública sobre o caso tinha sido divulgada no dia 24 de abril, quando a Polícia Militar de Guarapuava localizou o carro que foi usado na ação dos três traficantes envolvidos no crime. Antes disso, no dia 21 de abril, o terceiro envolvido com o tiroteio, que tinha conseguido fugir do local, foi preso em Campos Novos, Santa Catarina. Trata-se de Cléber Prado Silva. Segundo a Civil, ele permaneceu detido em Santa Catarina devido a Justiça do Estado ter um mandato de prisão aberto em seu nome. Ainda segundo a polícia, após a prisão, Cléber se resguardou ao direito de permanecer calado.
A Civil não divulgou o teor da conclusão do inquérito.
O CASO
Os primeiros resultados da investigação sobre o tiroteio apontaram que os policiais do Bope que estavam em Guarapuava sofreram uma emboscada. A análise preliminar o caso, na época do ocorrido, foi feita pelo comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava, tenente-coronel Mário Jorge, em coletiva de imprensa.
Na época, o comandante informou que cinco policiais do Bope da capital estavam no entorno da rodoviária. Um deles era Adriano, de 28 anos, que morreu no confronto. Na viatura descaracteriza de Adriano estava um segundo policial, que sofreu ferimentos durante o tiroteio.
Na coletiva de abril, a imprensa foi informada que o Bope investigava um carregamento de drogas. Não houve confirmação se este carregamento chegaria a Guarapuava ou se sairia da cidade para outro município. O alvo dos policiais do Bope seria uma mulher, que não teve a idade revelada. Eles deveriam encontra-la no estacionamento da rodoviária. No entanto, Adriano e o policial que o acompanhava foram surpreendidos por três homens, que chegaram no local em um Azera preto. Informações extraoficiais indicam que dos três traficantes, dois teriam entrado na viatura descaracterizada de Adriano. Neste momento é que o confronto teria se iniciado. A polícia não confirmou esta versão.
O terceiro envolvido, Cléber Prado Silva, fugiu no veículo pouco após o confronto ter sido iniciado.