Concurso público suspenso ainda gera revolta

A suspensão do concurso público da Prefeitura de Guarapuava continua gerando reclamações. Um email encaminhado à RSN, no nome de Odisséia Brejal Pereira, mostrou que a indignação ainda está presente.

A candidata veio de Esperantina-PI, viajou mais de 3mil quilômetros para tentar uma vaga para bióloga. “A gente sente como se tirassem o chão de nossos pés”, sentimento descrito por Odisséia ao chegar em Guarapuava, na sexta-feira (6), e saber que a prova havia sido suspensa.

A piauiense passou o final de semana na cidade e segunda-feira (9), foi à Prefeitura reclamar seus direitos. A candidata foi informada que tudo ocorreu pois a Prefeitura se baseou na Lei Orgânica do Município que diz ser resguardado "até 10%" de vagas para deficientes, enquanto o Ministério Público baseou-se na Lei Federal, que diz ser de 5% das vagas. A bióloga vai entrar com um Pedido Administrativo anexando todos os gastos que teve. “Qualquer que seja o responsável, vai precisar arcar com os gastos, uma vez que houve tempo suficiente para o Ministério Público entrar em contato com a empresa responsável pela publicação do edital, com tempo suficiente para ser feito qualquer tipo de correção”, indaga.

Essa é a segunda vez que um concurso em que estava inscrita foi suspenso. A primeira vez foi no concurso da Polícia Rodoviária Federal. Odisséia explica que aquela foi uma situação diferente pois havia fraude na prova e tudo foi investigado e resolvido. E no caso do concurso da Prefeitura “tem uma porcentagem x de vagas destinadas a deficientes, que não é obedecida”. “De uma forma ou de outra alguém errou e é este alguém que terá de arcar com as conseqüências de seu erro”, diz a candidata.