22/08/2023


Brasil Cotidiano Economia

Confiança do consumidor sofre forte queda puxada por pandemia

O indicador chegou a 80,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor valor desde janeiro de 2017 (78,3 pontos)

Business man showing you brazilian money.

Os dados da confiança do consumidor foram divulgados pela FGV (Foto: Arquivo/RSN)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 7,6 pontos de fevereiro para março. Assim, com a queda, o indicador chegou a 80,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor valor desde janeiro de 2017 (78,3 pontos).

Além disso, o Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, diminuiu 4,8 pontos, para 76,1 pontos, o menor nível desde julho de 2019 (75,6 pontos). Conforme a Agência Brasil, o Índice de Expectativas, que mede as avaliações sobre o futuro, caiu 9,3 pontos para 83,9 pontos, o menor desde dezembro de 2016 (81,6 pontos).

Segundo a pesquisadora da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a queda da confiança já havia caído nos dois meses anteriores. A perda acumulada em 2020 chega a 11,4 pontos. Mas, sob influência da pandemia do novo coronavírus, a queda se acentuou.

Apesar de dois terços da coleta de dados para esta edição ter ocorrido antes das medidas de restrição já é possível notar um impacto expressivo nas expectativas. A capital que registrou a maior queda na confiança foi o Rio de Janeiro, enquanto os paulistas já perceberam a piora da situação atual, possivelmente em função do maior número de casos e por seu imenso parque fabril. O cenário para os próximos meses é preocupante, com forte impacto econômico e social.

Para ela, embora seja difícil imaginar “alguma recuperação da confiança no horizonte visível, esperamos que o sucesso das medidas de isolamento parar reduzir a disseminação do vírus possam ao menos conter parte do desânimo que virá com a queda do Produto Interno Bruto e o aumento do desemprego”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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