Cristina Esteche
Espancamentos, abuso sexual, conflitos familiares, negligências. Estes casos de violência contra a criança e a juventude, compõem as ocorrências registradas pelo dois pólos do Conselho Tutelar em Guarapuava.
De acordo com dados levantados pela Rede Sul de Notícias junto polo II do Conselho, tendo por base relatórios do Sistema da Infância e Juventude (Sepia), mostram que a origem da violência está nos conflitos existentes na convivência familiar. De janeiro a 31 de dezembro de 2014, segundo o relatório, foram registradas 901 ocorrências dessa modalidade, afirma Carina Silva, conselheira. “Isso acontece quantos pais não conseguem colocar limites aos filhos e perdem o controle da situação. Isso gera a violência e quando, mesmo assim, não conseguem conter, procuram o Conselho Tutelar”. Nos primeiros dias de 2015 ainda não houve registro de conflitos familiares.
A cultura de que agredir fisicamente uma criança é sinônimo de educar ainda é muito forte no município e vem como primeira alternativa para impor limites. Em 2014 foram 26 casos, dos quais 73,08% por espancamentos. De 1o de janeiro a 26 de fevereiro de 2015, apenas uma ocorrência.
A violência sexual contra crianças também é muito presente em Guarapuava. De acordo com os relatos do Sepia, em 2014, foram atendidos 79 casos de abusos,s endro seis contra meninos e o restante vitimando meninas. Dessas ocorrências, 49,36% foram praticadas por pessoas da família; 31,64% por pessoas do convívio da família; 1,2& por voyeurismo e 6,33% assédios. Nos primeiros dias deste ano já são oito casos registrados pelo Conselho Tutelar. Destes, 50% praticados por pessoas da mesma família.
“Pai, mãe, avô, tio e outros parentes compõem a maioria dos agressores”, diz Carina.
Para entrar em contato com o Plantão do Conselho Tutelar Polo 1 o celular é (42) 8401 – 4693. Para falar com o Polo 2 o número é (42) 8425 – 0569.
RELATÓRIOS
Relação de abusos sexuais de crianças em 2014
Relação de abusos sexuais de crianças em 2015
Relação de agressões de crianças em 2014
Relação de agressão de crianças em 2015