A fama de bondoso com as crianças de São Nicolau extrapolou a religião e acabou sendo a inspiração para a criação do velhinho que presenteia no Natal, o Papai Noel. Se no Brasil os presentes são restritos ao 25 de dezembro, em muitos locais da Europa a memória de São Nicolau se soma ao próprio Natal.
As crianças não reclamam da duplicidade, ganham mimos de fim de ano também em 6 de dezembro, data do santo. Países como Alemanha, Áustria, Itália e Eslovênia mantém a tradição. Conforme o pesquisador Ítalo Francisco Curcio, pedagogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie embora São Nicolau seja muito admirado e venerado, no Brasil a celebração dele não ganhou corpo, “diferentemente da Europa”.
Particularmente, penso que no Brasil a figura do Papai Noel acabou se sobrepondo à imagem original de São Nicolau. Isso devido a massiva publicidade que se deu ao bom velhinho, como um personagem mítico que presenteia as crianças que praticam o bem.
HISTÓRIA
Acredita-se que Nicolau tenha nascido na antiga cidade de Patara, na Ásia Menor, que fica na atual Turquia. Não há registros sobre a data do nascimento, mas acredita-se que seja em torno do ano de 275. De acordo com as informações, a imagem do bom velhinho trata-se de uma “reproposta por comerciantes” como Papai Noel. “Um velho corado de barba branca, trazendo às costas um saco cheio de presentes”.
De acordo com o livro Il Santo Del Giorno, o ‘Papai Noel’ foi um “menino de excelentes qualidades e já inclinado à ascese”. Além disso, “nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno” — praticando jejum. “Ficando um pouquinho maior desprezava os divertimentos e vaidades e frequentava mais a igreja”, aponta o texto.
Adulto, tornou-se sacerdote e acabou sendo nomeado bispo. Era visto como um homem muito bondoso. A fama de protetor das crianças deve-se a lenda de que o bispo teria ressuscitado três meninos, mortos por um açougueiro para fazer tenros filés.
“Nicolau era originário de família rica, portanto, uma pessoa de muitas posses. Todavia, motivado pela mensagem do Evangelho Cristão, se despojou destas posses, ajudando pessoas necessitadas, especialmente viúvas, idosos e crianças”, acrescenta Curcio. “Ele ficou conhecido como taumaturgo, ou seja, fazedor de milagres, ainda em vida, por isso, foi venerado desde cedo.”
(*Com informações Portal G1)
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