Cristina Esteche
A banca de defesa de Ângela Nicoliche e Aparecida Marta Nicolete, indiciadas por homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio, incêndio, falsificação de documento público e tentativa de subtração de incapaz, tem uma missão difícil no júri desta quarta feira (20), em Guarapuava.
Composta pelos advogados Silvaney Oliveira, Eduardo Moraes e Jairo Cavalaro a defesa busca atenuantes para as rés. "Em momento algum consigo pedir a absolvição de Aparecida porque o processo não me autoriza", disse Jairo Cavalaro no momento em que defendia a idosa. O advogado também solicitou que os jurados, dos quais, duas mulheres, se atenham apenas ao fato de Guarapuava. "Eu não sei o que essas senhoras fizeram em Londrina, em São Paulo ou em qualquer outra parte do mundo. O que está sendo julgado aqui é o fato ocorrido em Guarapuava", ressaltou. O advogado ainda utiliza o tempo destinado à defesa das rés (17h40). Entretanto, os próprios depoimentos das rés pesam contra ambas. Os dois foram marcados por contradições em todos os sentidos. Uma diz que o tempo que ficaram em Guarapuava foi de três dias; outra contraria e fala em três semanas. Outra controvérsia é em relação ao valor pago a um taxista que as levou a Londrina. Uma fala em R$ 500, a outra em R$ 1 mil e o taxista disse que recebeu R$ 1,5 mil. Outros desencontros marcaram os dois depoimentos.
Familiares paternos do bebê que seria raptado, incluindo o pai, acompanham o julgamento, assim como acadêmicos dos cursos de Direito.