22/08/2023
Geral

´Convention&Visitors Bureau´ é tema de debate nesta sexta em Guarapuava

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Por Cristina Esteche

Guarapuava se prepara para absorver uma receita de sucesso para o fomento da atividade econômica e do turismo em todos os seus segmentos. Acontece na noite desta sexta (18), no mini auditório da Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste), às 19h30, uma palestra com o superintendente do Iguassu Convention Bureau, Rui Carvalho, de Foz do Iguaçu. Ele esteve na Rede Sul de Notícias nesta sexta acompanhado pelo secretário municipal de Comunicação Social, Marcio Fernandes.

Especialista no assunto onde atua há 37 anos, jornalista, escritor,  Rui Carvalho é um admirador confesso da metodologia que hoje se difunde pelo país inteiro como uma ferramenta para provocar o desenvolvimento sócio-econômico dos  municípios.

De acordo com Rui Carvalho, a entidade, que deve ser composta  por um grupo de pessoas interessadas, é sem fins lucrativos e tem o trabalho voltado à sistematização de apoio e captação de eventos. “É uma mudança de cultura, uma nova visão da classe empresarial, instituições e entidades, que deixam de ‘olhar para o próprio umbigo’ e buscam benefícios coletivos”.

A partir dessa nova visão os eventos ganham corpo e promovem maior receita para o município e região. Hotéis, restaurantes, promotores de eventos, agências de turismo, locadoras de automóveis, comércio varejista, empresas telefônicas, taxistas,  e outros setores da sociedade produtiva  saem ganhando, uma vez que  são economicamente beneficiados. Os bônus estendem-se também à sociedade como todo a partir da geração de emprego e renda.

Como todo projeto, porém, é preciso avaliar a infraestrutura oferecida, mas a falta de algo não se traduz em obstáculo. “É preciso estudar o que o município e a região oferecem e adequar os eventos”, diz Rui Carvalho. Se há falta de voos comerciais, por exemplo, não se promove um evento que necessite desse tipo de transporte.

Segundo Rui Carvalho, quatro eixos são fundamentais para que a entidade funcione: acesso regional, rede hoteleira, espaço para eventos e atrativos turísticos. “Este último eu considero a cerejinha do bolo, pois enquanto os participantes estão num congresso, por exemplo, sua família pode estar participando de atividades turísticas, fazendo compras”.

Como em qualquer outro projeto, um Convention & Vistors Bureau, embora seja entidade sem fins lucrativos, precisa de recursos financeiros para que possa ser eficiente. Grande parte da receita para a manutenção provém da chamada “taxa de turismo." “É uma contribuição paga pelos hóspedes dos hotéis participantes da entidade solicitada, na hora do fechamento da conta”. Nesse caso se faz necessário o comprometimento do empresário do setor em cobrar e repassar  valor à entidade, já que não existe uma maneira de controle sobre a cobrança ou não da taxa. O restante do recurso necessário é oriundo da mensalidade cobrada dos mantenedores. “Essa receita é para pagamento da estrutura física e humana do escritório”.

Na noite de hoje, o reitor da Unicentro, Aldo Bona deve anunciar a concessão de uma sala na Instituição por um período de dois anos.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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