A queda da inflação fez o Banco Central (BC) não mexer nos juros. Isso porque, em unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Em comunicado, o Copom informou que vai manter os juros pelo tempo necessário para segurar a inflação. Além disso, ele julgou o nível adequado para lidar com as incertezas sobre a economia brasileira. O órgão, porém, não descartou a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado.
A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Vale lembrar, que esta é a segunda vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic reduziu para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Mas por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o BC tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
CRÉDITO MAIS CARO
A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque, juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 2,7% para a economia em 2022.
O mercado projeta crescimento um pouco maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.
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