Familiares e amigos do jovem Lucas de Oliveira Zaluski, vítima do acidente fatal em Guarapuava, só conseguiram a liberação do corpo neste sábado (4), por volta das 9h. Lucas morreu em acidente ocorrido por volta das 17h10 dessa sexta (3). De acordo com amigo da família, a colisão entre a motocicleta de Lucas e uma caminhonete ocorreu 10 minutos após ele ter saído do trabalho. Foi na marginal da BR-277, no acesso ao bairro Industrial Xarquinho.
Entretanto, o Instituto Médico Legal (IML) chegou para recolher o corpo peto das 18h50 e às 19h10 estava no IML. Entretanto, como o expediente do Instituto termina o expediente às 20h, o corpo do jovem só foi liberado neste sábado.
Assim, essa situação provocou a revolta dos familiares. “É um desrespeito com a família, com o ser humano. Estamos com todos os papéis e não vão liberar o corpo para o velório”, disse um familiar.
“O que revolta mais ainda é que nos mandaram ir para casa dormir. Como vamos dormir sabendo que temos o corpo de um jovem para velar e que vai passar a noite trancado aí dentro sem que a gente possa ver?”, emenda uma amiga da família. Ela disse que passou pela mesma situação recentemente.
A SITUAÇÃO É PRECÁRIA
A falta de auxiliares de necrópsia se tornou um problema crônico no Instituto Médico Legal. Em Guarapuava, são apenas três para atender uma demanda regional e obedecer escala. Porém, um dos maiores problemas gerados por essa escassez de profissionais, é o expediente reduzido que provoca situações como a de Lucas.
De acordo com auxiliares de necrópsia, eles fazem 80% do trabalho dentro do IML. Os 20% restantes fica por conta do perito. “Além do trabalho de necrópsia ainda fazemos a parte administrativa”.
Conforme informações levantadas pelo Portal RSN, a situação agrava-se ainda mais com a transferência de uma perita para Curitiba. Embora o concurso seja regionalizado, na caso para prestar serviço em Guarapuava, mesmo assim houve a transferência. “De seis agora estamos com cinco”.
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