22/08/2023

Correios definem greve hoje; tendência em Guarapuava é não parar

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Os trabalhadores dos Correios de todo o País se reúnem em assembleia hoje, terça-feira (13), para decidir sobre a greve da categoria, com indicativo para começar a partir das 00h00 de amanhã, quarta-feira (14). Em Guarapuava, a assembleia será às 19h00, na sede do Núcleo Regional de Educação.

De acordo com o supervisor operacional dos Correios em Guarapuava, Jean Richard, no município a tendência dos 55 funcionários da empresa é pela não paralisação. “A definição dos servidores será tomada na noite de hoje, mas em conversas informais sentimos que não há um movimento favorável à participação na greve”, diz o supervisor. Jean destaca ainda que, caso os servidores de Guarapuava optem pela participação na paralisação nacional, os serviços essenciais dos Correios serão mantidos. “Se por acaso os servidores optarem pela greve não haverá prejuízo para a população”, afirma.

Conforme Jean, a data-base dos servidores dos Correios é o mês de agosto. “Em agosto a empresa fez uma proposta que não atingiu as expectativas dos trabalhadores. Porém, ontem (12) ela (a empresa) fez uma contraproposta e muitos servidores já ficaram balançados em aceitar o novo índice”, explica o supervisor. A contraproposta será discutida na assembleia de hoje.

Correios

Nacionalmente, os Correios tem déficit de aproximadamente 30 mil funcionários. Há dois anos os trabalhadores da estatal não recebem qualquer reajuste.

Apesar do aumento da inflação no último período, a proposta de reajuste dos Correios em agosto foi de 6,87%, mas segundo o cálculo dos trabalhadores o aumento deveria ser de 24, 76%, decorrente das perdas salariais acumuladas entre 1994 e 2010. Além disso, os servidores exigem a contratação de mais funcionários; melhores condições de trabalho; piso salarial de R$ 1.635,00; vale-alimentação de R$ 30,00; e a redução da jornada de trabalho dos atendentes para seis horas.

Além dessas exigências, os trabalhadores dos Correios se mobilizam contra a MP 532 aprovada pelo Congresso e que abre o capital da estatal, transformando-a em Sociedade Anônima. Sob a justificativa de modernizar a empresa, o projeto abre as portas para a privatização da estatal.

Cristina Esteche

Jornalista

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