22/08/2023
Guarapuava Política

Corte do Governo Federal atinge aeroporto de Guarapuava

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Da Redação

Guarapuava – A ampliação do Aeroporto Tancredo Tomas de Faria, em Guarapuava foi incluída nos cortes promovidos pelo presidente interino Michel Temer. Dos 270 terminais do programa original implantado pela presidente afastada Dilma Rousseff, 85 foram descartados como inviáveis pela área técnica da Secretaria de Aviação.

O administrador do Aeroporto de Guarapuava, Fernando Brustolin, confirmou à RedeSul de Notícias a exclusão do aeroporto neste processo. Segundo ele, a notícia surpreendeu a todos, uma vez que Guarapuava cumpre as exigências do programa e está na fase final do anteprojeto para a ampliação do novo terminal.

“Faltam apenas algumas adequações para que se transforme em projeto”.

De acordo com a Assessoria do Governo Federal, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil vai investir em 176 aeroportos regionais. Desses, 53 são prioritários e já vão receber investimentos de R$ 300 milhões a partir de 2017 para que estejam todos operando até 2020. No Paraná, receberão investimentos os aeroportos de Cascavel, Maringá e Ponta Grossa.

Fora esses 53, a área técnica recomenda investimentos em mais 123 terminais, totalizando 176. Esse total vai compor uma carteira de projetos do ministério. Os investimentos nesses aeroportos serão feitos de acordo com a disponibilidade financeira. Está garantido que todos os 176 terão seus projetos concluídos. Outros nove já operam e não vão receber investimentos federais.

Os critérios para a escolha dos aeroportos da carteira de projetos foram baseados em indicadores como terminais importantes para o tráfego aéreo que já estão com restrição de capacidade; os localizados em regiões remotas, caso da Amazônia Legal; rentabilidade do operador aeroportuário; cobertura da população em até 120 minutos de deslocamento (100 km); interesse das companhias aéreas; e proximidade de grandes aeroportos ou capitais.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Ministério dos Transportes, além da falta de dinheiro, a lista de aeroportos foi reduzida porque 94 projetos foram considerados inviáveis por estarem próximos de aeroportos já em operação, locais inadequados, como áreas de preservação, ou sem demanda.

Desse modo, havendo interesse, estado ou município podem assumir os investimentos nesses terminais, que teriam como uso exclusivo a aviação executiva, sem recursos do governo federal.

Ainda segundo o ministério, a escolha dos aeroportos se deu em acordo com os Estados, bancadas no Congresso e companhias aéreas.

Cristina Esteche

Jornalista

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