A Procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Cristina Silvestri (CDN) recebeu com indignação o veto do presidente Jair Bolsonaro. Ele impediu parte a Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. O texto prevê a distribuição de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o veto presidencial, o Governo nega a gratuidade para estudantes carentes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias.
Conforme a deputada, os números mostram que a maioria das mulheres com útero ativo não têm condições de comprar esse item. No entanto, segundo a parlamentar, “há uma contradição.
O SUS prevê, por exemplo, a distribuição gratuita de contraceptivos e camisinhas, que é uma opção das pessoas. A menstruação não é uma escolha, é uma necessidade fisiológica.
De acordo com Cristina Silvestri, as leis existem para serem atualizadas e esse projeto é um a questão de saúde pública. “O presidente precisa pensar nas milhares de mulheres que podem desenvolver infecções e câncer por falta de condições de comprar absorventes”.
NO PARANÁ
Conforme dados da Procuradoria da Mulher da Alep, a decisão do Presidente prejudica 460 mil mulheres paranaenses que vivem em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza. De acordo com a deputada, a Procuradoria apresentou uma petição coletiva assinada pela bancada feminina contra a decisão ‘ bolsonarista’.
Conforme Cristina Silvestri, a bancada feminina da Alep é autora do projeto estadual. Os deputados Gora e Luiz Claudio Romanelli também avalizaram a proposta, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho. Em Guarapuava a lei de autoria da vereadora Bruna Spitzner (Pode) já está sancionada pelo prefeito Celso Góes.
De acordo com a procuradora, com o apoio das Procuradorias Municipais da Mulher, leis no interior também já estão aprovadas. “Enquanto o Paraná e outros estados avançam, não podemos retroceder nacionalmente”.
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