22/08/2023
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CTG Chaleira Preta se destaca em Campeonato Nacional de Laço Comprido

Comitiva do CTG Chaleira Preta trouxe muitos títulos, evidenciando a força do tradicionalismo de Guarapuava e do Paraná

Alice Chagas (Foto: Divulgação)

O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Chaleira Preta, de Guarapuava, fez bonito e retornou com a bagagem repleta de títulos do 21º Campeonato Nacional de Laço Comprido, em Cristalina/GO. O evento, um dos mais importantes do calendário tradicionalista brasileiro, reuniu laçadores de todas as idades, de crianças de 6 anos a veteranos de 80, celebrando a força de uma modalidade que une esporte, cultura e família.

De acordo com os integrantes do Chaleira Preta, a conquista vai além dos troféus. Como afirmou Cezar Santos, patrão do CTG, orgulhoso da performance da comitiva guarapuavana. “É gratificante ver o desempenho dos nossos integrantes no campeonato brasileiro. Eles não representaram apenas o nome do Chaleira Preta, mas também o de Guarapuava e o do Paraná”.

O laço comprido é uma prova de destreza e sintonia entre cavaleiro e cavalo. Em uma pista de aproximadamente 100 metros, o competidor tem o objetivo de laçar um boi em disparada, uma demonstração de habilidade que remonta às lidas do campo e que hoje se consagra como um esporte competitivo, com diversas categorias que contemplam homens, mulheres e crianças.

TRADIÇÃO

A competição também reforça os laços familiares e a passagem da tradição entre as gerações. Provas como “Pai e Filho” e “Avô e Neto” são comuns e emocionam o público. Eloisa Prestes, mãe dos jovens laçadores Gustavo e Jotinha e filha do experiente Divonzir, ficou emocionada com a conquista.

Gustavo de apenas 7 anos foi campeão brasileiro na modalidade vaca parada. Jotinha e o avô Divonzir Prestes, de 70 anos, saíram vice-campeões brasileiros na competição. Ana Laura (na foto abaixo) foi vice-campeã em equipe vaca parada e conquistou o terceiro lugar no individual. “Ver meus filhos, minha sobrinha e meu pai se consagrarem campeões brasileiros foi muito emocionante. É a realização de um sonho que vai muito além do troféu”.

O laço sempre fez parte da nossa história. Cresci vendo meu pai laçando, ensinando com paciência e paixão, e hoje tenho a alegria de ver meus filhos seguindo esse mesmo caminho, com a mesma dedicação e amor pela tradição.

Para os mais novos, a paixão pelo esporte começa cedo. A modalidade da “vaquinha parada”, que utiliza um alvo de madeira, é a porta de entrada para os futuros campeões. Mais do que uma brincadeira, é uma forma de desenvolver a coordenação motora, aprender os fundamentos do campeirismo e, acima de tudo, manter viva a chama da cultura gaúcha.

MAIS TÍTULOS

Ana Laura Prestes foi vice-campeã em equipe vaca parada e conquistou o terceiro lugar no individual (Foto: Divulgação)

Ana Laura, de 9 anos, uma das competidoras do CTG, ficou feliz com a participação o campeonato. “Foi muito legal e incrível ter meninas de várias cidades do Paraná na minha equipe e também ver equipes de outros estados. São memórias que vou levar para a vida e, se Deus me permitir uma nova oportunidade de participar de um nacional, eu irei com certeza”.

E teve mais título. Jonas e Virgílio conquistaram a quarta colocação na modalidade ‘Pai e filho’. Já Arthur Medeiros foi campeão brasileiro em equipe modalide ‘Piá’ e campeão brasileiro em equipe vaca parada. Por fim, Alice Chagas de 11 anos venceu a prova de rédea. Arthur Silva de 11 anos foi vice-campeão brasileiro na modalidade guri.

O sucesso do CTG Chaleira Preta em Cristalina evidencia a força do tradicionalismo no Paraná e a importância de se preservar práticas que ensinam “valores que levamos para a vida toda, como respeito, humildade e persistência”, como bem resumiu a mãe campeã, cujo coração, assim como o de toda a comitiva, voltou para casa “cheio de orgulho e gratidão”.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN. @gilson_boschiero

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