Cuidados com a nova gripe não podem parar com a chegada do calor

Guarapuava – Os números de casos da nova gripe diminuíram, mas a doença não deixou de existir por causa do calor. O vírus continua circulando. Por isso, bons hábitos de higiene devem ser mantidos. “Ainda notificamos em média 260 casos de gripe todos os dias”, alertou o secretário da Saúde Gilberto Martin. Mesmo em dias quentes, as unidades de saúde de todo o Paraná continuam a receber pacientes com sintomas da nova gripe — prova de que o vírus continua circulando.
Na medida em que o risco de contaminação vem diminuindo, os bons hábitos tendem a ser esquecidos. “Se os cuidados forem mantidos, o número de casos pode diminuir ainda mais. Com isso, outras doenças infectocontagiosas são prevenidas, caso da conjuntivite, das viroses respiratórias, das infecções por rotavírus e das doenças próprias da infância”, explicou Martin.
A nova gripe é transmitida pelo contato com secreções contaminadas. Por isso, medidas simples de higiene ajudam a desacelerar a transmissão do vírus H1N1, causador da influenza A, e perservam a saúde. Dentre elas, lavar as mãos frequentemente, utilizar álcool em gel quando houver necessidade, cobrir o rosto com um lenço ao tossir ou espirrar, higienizar superfícies como mesas, maçanetas e telefones.
“Lavar as mãos sempre que chegar da rua, antes de comer, e depois de ir ao banheiro deveria ser rotineiro. Água e sabão são extremamente eficientes. Mas, quando não existir a possibilidade da lavar as mãos, o álcool 70%, líquido ou gel, com registro na Anvisa, pode ser usado como alternativa eficaz. O sabonete não precisa necessariamente ser líquido. O importante é que a lavagem seja bem feita, com bastante espuma”, disse.

TRATAMENTO — A maior parte dos pacientes com influenza A não precisa de internamento hospitalar e se recupera em casa. “Cerca de 98% das pessoas que contraíram a doença se curaram sem ser internadas em hospitais. Porém, ao primeiro sinal de agravamento do quadro clínico, como a falta de ar, as pessoas devem retornar a unidade de saúde”, ressaltou o secretário.
Martin lembrou que o Paraná tem em estoque mais de 78 mil doses do medicamento antiviral (fosfato de oseltamivir), distribuídas nas 22 regionais de Saúde. “Descentralizamos os estoques, para que a população tenha acesso com mais facilidade ao medicamento. O tratamento é gratuito quando receitado pelo médico”, afirmou.

VACINA — O Ministério da Saúde anunciou a compra de 19 milhões de doses da vacina conta o H1N1 para o Brasil. Martin defende que a maior parte das doses seja destinada aos estados que mais registraram casos da doença.
Representantes dos três estados do Sul se reúnem periodicamente para tratar do enfrentamento desta pandemia. Atualmente, no Hemisfério Norte que tem sido observado pelos países do Hemisfério Sul, a vacina já está sendo aplicada com sucesso.