22/08/2023


Cotidiano

Cultura negra comemora Dia de Iemanjá

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Guarapuava – Os adeptos de religiões afros cultuam hoje, dia 2 de fevereiro, o Dia de Iemanjá, a rainha protetora das águas salgadas.
No sincretismo religioso gerado pela escravidão em que os negros africanos escravizados foram obrigados a cultuar outros deuses, que não fossem os da sua fé, Iemanjá é comparada a Nossa Senhora da Conceição.
Segundo a tradição, a festa em homenagem a Iemanjá ganhou força a partir de 1924, ano considerado “muito ruim” pelos pescadores. Para melhorar o desempenho no mar, os pescadores, então, fizeram uma promessa à rainha das águas. “Pouco tempo depois, os peixes voltaram em abundância e nunca mais a festa deixou de ser realizada”, disse o historiador Camilo Santana.
Mas o culto teve origem no século 16 pelos afrcianos escravizados, e ganhou força entre os negros que pescavam no litoral na Bahia.
Os cultos à Rainha do Mar são feitos à beira da praia quando candomblecistas e umbandistas fazem oferendas que são entregues ao mar. Nos balaios, colocados em pontos estratégicos da praia, são depositadas flores, perfumes, sabonetes, pentes, espelhos, bonecas, essencias. Diz a tradição que se a oferenda não devolvida pelas ondas é proque foi aceita por Iemanjá. Sua cor prefeida é o azul e sua saudação é Odoiá.
Iemanjá é muito cultuada, principalmente, na Bahia e no Rio de Janeiro.

Foto: Marcelo Carnaval / Ag. O Globo)

Cristina Esteche

Jornalista

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