Cúpula tucana diz que ainda é cedo para falar sobre futuro político de Richa

Cristina Esteche

Guarapuava – Principais lideranças políticas da base do governador Beto Richa preferem jogar para o futuro a possibilidade de uma possível candidatura deste ao Senado Federal. O argumento é o mesmo de sempre, ou seja, ainda é cedo para tratar desse assunto.

Para o presidente do PSDB no Paraná e também da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Ademar Traiano, Beto Richa tem a possibilidade de assegurar uma eleição para o Senado, mas transfere a decisão final ao próprio governador. “Nosso partido e outros aliados avaliam que o governador tem todas as condições, mas essa é uma escolha pessoal dele”. Em seguida, Traiano acena com a possibilidade de Richa abrir mão de qualquer candidatura para cumprir o mandato no Governo. “Ele [Beto Richa] ainda não sabe se sai ou não do Governo”. Para ser candidato em 2018, o governador terá que renunciar ao mandato.

De acordo com Traiano, em 2018 o Paraná terá recursos de R$ 4,5 bilhões para investimentos. “É uma gestão consagrada”, afirmou.

O chefe da Casa Civil, deputado federal Valdir Rossoni, também acha prematuro fazer qualquer afirmação nesse sentido. “A preocupação neste momento é com o Governo. Vamos entregar o Estado com as finanças que é um luxo. Tudo saneado, com equilíbrio e capacidade de investimentos”.

Se a dúvida é em relação ao futuro político do governador, tanto Traiano quanto Rossoni tem a certeza dos rumos que pretendem tomar. “Minha base, composta por 46 prefeitos, quer que eu seja candidato à reeleição”, disse Traiano. “Sou pré-candidato à reeleição na Câmara Federal”, diz Rossoni.

Já Beto Richa, diz que o seu nome vem sendo defendido por várias siglas partidárias e pela imprensa, a qual considerou “muito ansiosa e desse mal eu não sofro,  porque sempre agi com muita cautela”. Segundo Richa, ele nunca teve apego a cargos. Por isso, tudo ao seu devido momento. Hoje estou concentrando energias para concluir bem o mandato e qualquer decisão sobre candidatura só no ano que vem”.

SUCESSÃO

Outro assunto árido para o Governo, neste momento, é a sucessão no Palácio Iguaçu. Três nomes da base governista colocam seus nomes neste momento de sondagens: Ratinho Junior (PSD), Cida Borghetti (PP) e Cesar Filho (PPS).

Para Ademar Traiano, o momento é justamente para isso. “Uns decolam, outros ficam pelo caminho”. Para o líder do tucanato paranaense, tudo vai depender de quem possui estrutura, da iniciativa de grupos e de quem tem consistência política. “A nossa base governista possui 35 deputados estaduais de várias tendências e qualquer decisão vai depender de muita análise e no tempo certo”. Segundo Traiano, qualquer possibilidade de aliança também terá que ser com partidos em consonância com a candidatura nacional,.

Para Rossoni, decisão mesmo só nó dia das convenções. “Até lá o quadro muda muito”.

Beto Richa repete o argumento de que é ainda é cedo para tratar desse tema. Mesmo porque o Governo possui pré-candidaturas aliadas. Mas disse que Cesar Filho tem tudo para ser candidato e vencer as eleições. Depois, afirmou que o candidato do seu grupo será aquele que tiver as melhores propostas. “Afinal de contas trabalhamos tanto para chegar até aqui sendo um diferencial para outros Estados, e não quero que nosso sucessor deixe de avançar até mais”.