Curi lidera corrida pra candidatura majoritária

A chegada da Assembleia Itinerante a Guarapuava nesta quarta (1º), às 18h, sob o comando de Alexandre Curi (PSD), não se trata apenas um evento institucional. Mas vejo como a consolidação de uma agenda política que o coloca, inegavelmente, como o nome de maior ascensão e favoritismo do Palácio Iguaçu para a sucessão em 2026. A julgar pelas manifestações de lideranças políticas do interior e da capital, o coro é um só. Curi é o escolhido para ser o candidato situacionista ao Governo do Estado.

O clima entre os aliados é de convicção. A candidatura do presidente da Alep surge como “inexorável”. Essa palavra, vinda de fontes internas, carrega um peso significativo: a máquina governista já está a postos. A ascensão de Curi não é acidental, mas fruto de uma construção que ganhou tração há vários mandatos. Além de trazer no DNA político a herança do avô, Aníbal Curi, o deputado traçou e seguiu um caminho próprio. A pauta sempre foi em defesa dos municípios paranaenses, com rotina que inclui agendas constantes, entre outras atividades. Agora, ao lado de Ratinho Júnior (PSD), Curi ganha um motor de visibilidade regional.

Embora o movimento dele seja forte, contudo, Curi não elimina completamente a lista de opções do governador. Embora com menor intensidade, surgem nomes como o vice Darci Piana, Guto Silva (Cidades) e João Ortega (Casa Civil). No entanto, a ausência de citação a Rafael Greca por parte de Ratinho Júnior é um indicativo claro de quem está, de fato, nos planos de sucessão. Greca, como se sabe, se declara pré-candidato e busca aliança com o PSB. Lideranças políticas de Guarapuava já estão com os pés nesse barco.

ALTA VOLTAGEM

O xadrez de 2026, no entanto, é desenhado por um confronto que promete ser de alta voltagem. Nos bastidores, a semana é de tensão, pois Curi está sendo preparado para o embate direto com o senador Sergio Moro (União Brasil). Mas por ora, o grande desafio de Alexandre Curi, agora é a sustentação da trajetória até 2026.

A antecipação da candidatura, embora lhe garanta a dianteira e o controle do tempo político, também o torna o alvo central de todos os adversários ruidosos. E até mesmo de uma base governista que, embora alinhada, está sempre em ebulição.

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