22/08/2023
Educação

Curso de extensão da Campo Real visa conscientizar sobre a hanseníase

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O curso de Extensão Bioética, Psicologia e Hanseníase da Faculdade Campo Real propõe ações conjuntas para erradicar o preconceito social contra portadores da doença. A proposta foi feita durante a apresentação dos resultados do projeto, em 20 de novembro, no Salão Nobre da Faculdade Campo Real. Organizado pelo professor Luigi Chiaro, como parte de um projeto iniciado em 2008, em um congresso-seminário em Brasília, o projeto foi direcionado aos acadêmicos do 2º período de Psicologia e 6º de Nutrição.

O evento procurou trazer ao conhecimento da comunidade acadêmica e da comunidade em geral os passos já empreendidos pelo projeto e como serão as atividades a partir de então. A participação das coordenações dos cursos interessados, membros da AFH – Solidariedade e visitantes foi considerado de grande importância para o início da visibilidade das ações pretendidas pelo coordenador do projeto e acadêmicos participantes.

De acordo com a Campo Real, o foco do trabalho colocava-se sobre os portadores de hanseníase cuja presença representa ainda um índice significativo na região de Guarapuava, embora a catalogação dos casos seja difícil tanto por falta de registros públicos bem como por rejeição por parte da sociedade em relação aos portadores e familiares o que faz com que não os portadores se silenciem. Objetivava-se, com essa atividade, reconhecer os portadores, resgatando sua dignidade bem como de seus familiares. Além disso, buscava-se também envolver a sociedade civil, via Faculdade, na construção de uma nova ética da solidariedade como fonte de bem-estar social e pessoal. Para iniciar o trabalho, buscou-se o apoio da Associação de Apoio às Famílias com Hanseníase/AFH-Solidariedade.
Após identificado o apoio dessa instituição, a segunda parte do projeto ocupou-se de lançar as propostas abaixo identificadas:

1. Conscientizar a sociedade de que a doença não pode afastar o portador do convívio social e da importância de se superar a discriminação por meio de uma educação para uma inserção real dos portadores e familiares no mundo do trabalho.

2. Criar nas Universidades (cursos de Psicologia, Biomedicina, Nutrição) em comunhão com a Secretaria Municipal de Saúde, um ‘grupo de conscientização’ que atue na divulgação de informações preventivas sobre a doença nas escolas, regiões urbanas e rurais.

3. Criar um espaço onde documentos e objetos relacionados à doença sejam conservados para que a memória se preserve e ajude a superar os preconceitos.

4. Fomentar, no dia nacional de combate à doença, testes nas escolas primárias do Município com base nas cartilhas do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas atingidas pela Hanseníase) e habilitar os educadores para a realização do teste.

Cristina Esteche

Jornalista

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