Da Redação, com Assessoria
A lei que tornou obrigatório o uso do cinto de segurança é de 1984, mas, 32 anos depois, muitos motoristas e passageiros ainda deixam de utilizar o equipamento de segurança. Dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) revelam que, de janeiro a maio, já foram 52.696 infrações por falta de uso do cinto – 47,5 mil pelo condutor e 5,1 mil pelo passageiro.
O número de multas impostas pelo motivo nos primeiros meses de 2016 já representa quase 32% do total registrado em todo o ano de 2015, quando foram 164.937 infrações.
“Dizer que o cinto salva vidas parece tão repetitivo. Ouvimos isso desde os anos 80 e, ainda assim, parece que as pessoas não querem entender. Deveria ser cultural, um hábito, a primeira coisa a se fazer quando entrar em um carro. Não podemos negligenciar uma atitude que nos protege e protege quem mais amamos”, alerta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
PERIGO
De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, uma pessoa de 60 quilos que estiver sem cinto no banco traseiro de um veículo a 60km/h, pode ter o corpo projetado para frente a um peso 15 vezes maior, chegando a uma tonelada, em uma colisão frontal.
Sem cinto, a pessoa pode bater a cabeça contra o teto e o corpo sofrer uma flexão extrema do pescoço e uma fratura da coluna cervical. Além de se machucar gravemente, o passageiro de trás ainda pode atingir o ocupante do banco da frente, mesmo que ele esteja usando o cinto de segurança.
PENALIDADE
O condutor ou passageiro que deixar de usar o cinto de segurança estará sujeito a infração grave, com multa de R$ 127,69, cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.