Decepção verde e amarela

Imagino que muitos, ao se depararem com título deste post, já pensaram que este texto trataria de outra análise sobre a seleção brasileira de futebol e do inesquecível 7 a 1 que sofremos. Contudo, a decepção a qual me refiro pouco tem a ver com o que rolou no campo, mas sim nas quadras da Espanha.

Na ultima quarta feria (10) a Seleção Brasileira de Basquete, assim como a de Futebol, foi varrida da Copa do Mundo após uma derrota acachapante. É claro que a seleção da bola laranja tinha bem menos pretensões do que a de futebol, porém a saída prematura em uma Copa do Mundo não deixa de ser decepcionante, principalmente após o bom inicio, da expectativa que se formou em cima da seleção e do sentimento de “agora vai”.

Assim como aconteceu com Neymar e Cia durante a Copa do Brasil, o avanço da seleção brasileira e a classificação para as próximas fases animaram os torcedores. Some- se a isso ainda a vitória sobre a temida Argentina, quebrando um tabu de 12 anos, a formação de um time com astros da NBA e um técnico consagrado e o fato da seleção já ter derrotado a Sérvia (nossa algoz nas quartas de final) na primeira fase e BUUM!! O resultado é uma expectativa justificada e bastante grande sobre a seleção.

Mas como o esporte não é uma ciência exata, e nem sempre o que se espera é o que se efetivamente alcança. Na complicada equação esportiva a expectativa dos torcedores brasileiro e a vontade dos jogadores pouco contou na partida diante da Sérvia e o resultado foi uma tremenda decepção.

Contudo, em um contexto mais amplo, diferentemente do que aconteceu com a seleção de Felipão, o saldo final do Brasil no Mundial de Basquete foi ligeiramente positivo. Isso porque mostramos que temos um time competitivo e que está entre os seis melhores do mundo, algo que não acontecia há anos. Além do mais, a quebra de alguns tabus e o sentimento de unidade que se criou entre os jogadores deve favorecer ainda mais a equipe nas próximas competições, principalmente os Jogos Olímpicos de 2016.