Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode levar o ex-deputado Fernando Carli Filho a júri popular até julho deste ano. A decisão é assinada pelo ministro Gilmar Mendes e publicada nesta semana, negando os recursos de defesa do réu.
Para o advogado Elias Mattar Assad, assistente da acusação, agora estariam esgotadas as chances de recurso no STF. “Creio ser impossível o Supremo reanalisar algum argumento da defesa. Se tudo transcorrer dentro das nossas expectativas, o júri deve acontecer neste ano”.
O caso vem sendo pautado por tentativas da defesa em impedir que o reú seja julgado pelo tribunal do Júri. A decisão do Supremo, entretanto, refutou a argumentação da defesa de Carli Filho de violação constitucional no julgamento feito pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que havia decidido que o caso deveria ser julgado em júri popular.
Porém, outro recurso, impetrado no Tribunal de Justiça do Paraná ainda precisa ser julgado. Assad acredita que no máximo em duas semanas a decisão seja proferida. “O que deverá fazer com que o júri popular possa acontecer cinco anos depois do acidente, o que ainda considero um tempo dentro do aceitável”, afirma o advogado.
Carli Filho, é réu na morte de dois jovens em um acidente de trânsito em 2009, em Curitiba. Em alta velocidade e embriagado, o ex-deputado está sendo responsabilizado pelas mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo Almeida.
Em fevereiro deste ano, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) encontrou mais uma vez esses indícios, o que manteve a decisão de Carli Filho enfrentar júri popular.
A defesa havia conseguido, com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que o caso fosse novamente julgado pelo TJ-PR. Há ainda possibilidade de recursos no STJ para tentar reverter a derrota no tribunal local. “Mas creio que as argumentações não prevalecerão e o júri deva acontecer neste segundo semestre”, sustenta Assad.
Com informações da GP