Defesa de Carli Filho emperra o julgamento do réu, mais uma vez

A defesa do ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para impedir que o juiz  da 2° Vara do Tribunal do Júri, Daniel de Surdi Avelar, dê a sentença se o réu vai ser julgado pelo júri popular. A sentença seria dada logo após o final da audiência que acontecerá nesta terça-feira, amanhã, em Curitiba. O início é às 14 horas e a previsão seria que o juiz sentenciasse até às 16h30.

A liminar favorecendo a defesa de Carli Filho foi concedida pelo Desembargador Telmo Cherem. Ele manteve a audiência já designada (para ouvir a testemunha de defesa e reinterrogatório facultativo do réu), mas  suspendeu a possibilidade do juiz julgar Carli (se vai ou não a júri) nessa mesma audiência para conceder ao réu um prazo suplementar de 30 dias (após a audiência) para que possa apresentar defesa.

O advogado Elias Mattar Assad, que figura no processo como assistente da acusação, entendeu que a decisão do TJPR não considerou que essa audiência foi pedida pela própria defesa quando no processo já estavam colhidas as alegações finais da acusação. Assad arremata dizendo que protelar não resolve nada e se for apenas este o problema, a sentença sairá após o prazo de trinta dias dados pelo TJPR e que dificilmente o réu Ribas Carli Filho comparecerá ao ato para ser reinterrogado.
Essa foi mais uma ação da defesa do ex-deputado para dificultar o andamento do julgamento onde Carli Filho figura como réu nas mortes dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo Almeida na madrugada de 7 de maio de 2009. Carli Filho dirigia bêbado, em alta velocidade e tinha a carteira de habilitação suspensa por excesso de multas.