O criminalista Loêdi Lisovski, de Guarapuava, divulgou ‘nota de repúdio’ a respeito das acusações contra um professor universitário. O caso ganhou repercussão na mídia regional, após denúncia feita por uma menina, de nove anos, de que o professor abusou sexualmente dela. A criança estava dormindo na casa do suposto agressor por ser amiga da filha dele.
Embora o Portal RSN tenha omitido o nome do professor, que é Phd, no campus da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), em Laranjeiras do Sul, o advogado o identifica, conforme nota abaixo enviada ao Portal. Já de acordo com nota também encaminhada pelo advogado da família da vítima, Wanderson Prada, as investigações encontram-se com a Polícia Civil de Laranjeiras do Sul. Mas assegura que atua de forma “contundente” na apuração do caso.
A nota da defesa diz que “circula nas redes sociais uma grave acusação, de que o Prof. Dr. PEDRO CHRISTOFFOLI seria um abusador de crianças”. Na nota encaminhada ao RSN, Loêdi, afirma que esse fato, “além de inverídico, é violador de uma série de direitos seus, de seus familiares e das crianças ditas vítimas. E neste ponto, digno é o efeito do copo quebrado e o linchamento público sumário [que deixa vestígios e sequelas irreparáveis inclusive nas crianças]”.
De acordo com o texto do criminalista, “tais narrativas representam um atentado a dignidade das pessoas nela covardemente inseridas: acusado [falsamente] e das crianças, eis que não existe pseudo abusador sem abusados”. E continua: “ainda, cabe o registro de que a Constituição Federal, que serve a todos [inclusive os que acusam], garante o respeito a presunção de inocência. Também garante a proteção as crianças, as quais em hipótese alguma podem servir de meio de satisfação de qualquer pretensão adulta [não são objetos]. Algumas das figuras envolvidas nas caluniosas denúncias, além de se dizerem vitimas, usam as crianças como mecanismo de abafamento de seus remorsos. O problema não está no fato narrado [ele é somente a sua moldura. Mas sim naquilo que os responsáveis temam que aconteça [ou que praticam no apagar das luzes], haja vista uma espécie de paranoia do abandono, dentro do dilema humano da hipocrisia”.
À DISPOSIÇÃO
Conforme Loêdi, o professor já se colocou à disposição das autoridades para contribuir com a apuração do caso. De acordo com a observação do advogado, o professor tem interesse no total esclarecimento.
Por fim, diz o advogado, “digno de registro é o repúdio pela narrativa, bem como pela triste exposição dos envolvidos [mórbido]. Justiça, quando devida, é feita a mão, dentro de um processo legal, e por um Julgador imparcial. Quando é feita fora dele, é feita por justiceiros, algo que, além de nocivo, é criminoso. Que não esqueçam os desavisados: ser acusado de um crime não significa que o praticou. Crime, processo e pena não são faces de uma mesma moeda”.
Já a assistência de acusação reitera que o caso segue em segredo de justiça. Por isso, qualquer manifestação da parte vai ser por ‘nota à imprensa’. Ressalta ainda que a família deposita “total confiança na Justiça para a apuração dos fatos”.
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