22/08/2023

Delegada? Só depois do concurso público

Vereadores de Guarapuava assinam um requerimento solicitando informações à Secretaria de Estado da Segurança Pública sobre uma titular para a Delegacia da Mulher. Como a sociedade guarapuavana sabe, e já faz algum tempo, essa delegacia está sem uma delegada há cerca de dois anos. O Governo do Paraná, em inúmeras matérias postadas na Rede Sul de Notícias, anuncia que essa vaga só será suprida quando houver delegada aprovada em concurso público. Existe um em andamento. Antes disso não adianta espernear. Vale lembrar que apenas a nomeação de uma titular não resolverá o problema. É preciso que o governo aparelhe a delegacia com equipe multidisciplinar que possa acolher as mulheres violentadas e dar a estas o suporte necessário.

Os vereadores devem saber que a Secretaria da Mulher, recém criada em Guarapuava, já aprovou projeto elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento, que prevê recursos para a construção de uma Casa Abrigo com todo o aparelho necessário para atender as vítimas.

As dificuldades existem e não são de hoje. A violência que muitas vezes acaba em feminicídio também está presente e engrossas as estatísticas diariamente, colocando Guarapuava em destaque no Mapa da Violência contra a mulher no Paraná e no Brasil. 

O que deveria ter sido feito há muito tempo é um debate constante na Câmara de Vereadores envolvendo a sociedade civil organizada para se buscar soluções que minimizem essa situação. 

Afinal, somos pais e mães de meninas e de meninos que estão sujeitos a situações tristes como as que vem sendo registradas pelos boletins policiais. Vale lembrar que a violência nãoe scolhe classe social, cor ou credo. Embora as classe que compõem a base da pirâmede social sejam mais vulneráveis aos vários tipos de crimes. Mas ninguém está imune, repito.

Está mais do que na hora dos representantes, ditos "legítimos, do povo, se preocuparem com questões sérias, de interesse da comunidade. Esta mais do que na hora de deixar requerimentos "vazios", "cartas marcadas" no "baralho" político, pedindo e vistoriando obras que já fazem parte do cronograma da administração pública para fazer de conta que legislam em prol da população. Está mais do que na hora, embora tardiamente, de mostrarem porque quiseram representar o povo, porque discursaram que estariam "renovando" a Câmara. Afinal, não passaram o primeiro ano aprendendo como legislar, como tão bem disse o presidente da Câmara Edony Kluber, por meio da sua assessoria de imprensa? Ou que será que muitos faltaram ou não prestaram atenção nas "aulas"?

EM TEMPO – Assinam o requerimento os vereadores Milton Roseira Junior, Cleto Tamanini, Germano Toledo Alves, Mario Scheidt.

Cristina Esteche

Jornalista

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