22/08/2023
Região Segurança

Delegado ainda não recebeu inquérito de Saulo

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Da Redação

Guarapuava – O delegado Luis Alberto Castro, que preside o inquérito sobre a morte do jovem Saulo Filipin Prestes, disse nesta sexta (20), que ainda não recebeu o retorno do inquérito que investiga o tiro fatal disparado por um policial militar, em 23 de julho de 2016. É que o Ministério Público determinou que a Polícia Civil conclua as investigações até março deste ano. Portanto, daqui a 60 dias.

“Estamos aguardando as determinações judiciais para dar continuidade ao inquérito”, disse Castro à RedeSul de Notícias nesta sexta (20). Segundo o delegado, o trâmite retorna ao início. O impasse está no entendimento da Polícia Militar sobre o mérito do caso. A PM diz que a competência das investigações é de responsabilidade militar e abriu um procedimento próprio porque se trata de um crime militar. Já a Polícia Civil, diz que não e chama o caso para si, desde 17 de agosto de 2016, quando as investigações começaram.

O trabalho está incompleto porque o policial Toni Silvério Muniz Junior não prestou depoimento, segundo a PM, a pedido da corregedoria da Polícia Militar.

De acordo com o delegado, vários pedidos foram encaminhados à PM, mas foram negados, porque foram cumpridas todas as orientações da Justiça Militar e da Orientação Processual Penal Militar, além de todas as normas estabelecidas pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná.

Agora o Ministério Público quer o depoimento de Toni na Polícia Civil. A RSN tentou contato com a Assessoria de Comunicação da PM na tarde desta sexta, mas nenhum policial do setor atendeu as ligações. A intenção era saber qual será o procedimento da PM frente à nova determinação judicial que requisita também que arma de onde saiu o tiro fatal seja encaminhada à Polícia Civil.

O CASO

Filipin foi morto no município de Turvo, onde residia com familiares. O caso aconteceu quando a vítima e amigos estavam em frente a autopeças da família, por volta da 1h30. Saulo estava acompanhado de dois amigos e quando os três já estavam indo embora, Saulo patinou o carro quando um policial militar deu ordem de parada e o jovem não obedeceu. Em seguida, o policial atirou em um dos pneus do carro e depois disparou contra o vidro, atingindo o jovem na cabeça. 

Toni é um policial respeitado na comunidade turvense, mas depois do fato, transferiu residência para Guarapuava.

Cristina Esteche

Jornalista

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