Cristina Esteche
A falta de um Centro de Ressocialização destinado a adolescentes infratores e o sentimento de impunidade levam à reincidência. A observação, mais uma vez, é feita pelo delegado chefe da 14a Subdivisão Policial de Guarapuava, Rubens de Miranda Junior. “Temos casos em que a mesma pessoa ‘caiu’ três vezes em 10 dias e não há o que fazer”.
A defesa da implantação de um Cense em Guarapuava vem já pautou conversa entre a polícia, o Ministério Público, o Judiciário, o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal de Segurança, há cerca de 15 dias.
Durante o anúncio de que o município teria uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica, o promotor Claudio Cortesia também defendeu a criação de um Cense.
A “briga” pela implantação de um educandário em Guarapuava se arrasta desde 2005 quando, por intervenção do deputado estadual Artagão Junior (PMDB) o município foi contemplado com uma unidade de ressocialização de adolescentes em conflito com a lei. Entretanto, apesar da interferência favorável do Ministério Público, do Judiciário e de outros órgãos da área, o então prefeito Fernando Ribas Carli recusou o projeto, que acabou sendo direcionado para Laranjeiras do Sul.