Delegado, traficante e suspeita de mais de R$ 1 milhão em propina

Um escândalo ganhou o noticiário nacional nesta terça (21), envolvendo um dos maiores traficantes de cocaína do País e o diretor de Justiça do Governo, Francisco Caricati. Ele respondeu pela diretoria do Departamento de Polícia Penal do Estado (Deppen), entre 2018 e 2022.

Ocorre que, conforme noticiou o G1, um relatório interno do Deppen, aponta um suposto esquema de pagamento de propina no valor de R$ 1 milhão. Caricati, em tese, teria recebido esse valor de Marcos Silas, então preso Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

Conforme o relatório da Agência de Inteligência do Deppen, em abril de 2022, Silas teria comprado parte da alta cúpula policial. Ele mesmo, Silas, depôs a agentes de segurança que estava sendo traído pela gestão de segurança. Isso porque, conforme o traficante, ele teria pago para obter benefícios. Um deles para não ser transferido a presídio federal. Mas foi para um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul em 2022.

Caricati, segundo o G1, nega essa e outras acusações do traficante. Diz que são falsas. Mas para apurar o caso, a Secretaria de Segurança Pública abriu uma sindicância. Por conta disso, esse assunto é ‘proibido’ no Governo. Na Secretaria de Justiça então, não se fala nada a respeito.

Notas oficiais se resumem a duas frases: “A Sesp tomou conhecimento da denúncia e abriu sindicância para apurar o caso. A apuração tem prazo de 15 dias para ser concluída e seguirá os trâmites legais”. Ou ainda: “O Governo do Estado acompanha a sindicância aberta pela Secretaria de Segurança Pública”.

Então, também vamos aguardar.

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