As ocorrências de perturbação de sossego continuam ocorrendo durante a pandemia. Assim, há dias em que há registro de mais de uma ocorrência desse tipo, em algumas os policiais chegam a se deparar com agressões e ameaças. A Redesul recebeu uma denúncia anônima de uma pessoa que mora na cidade há 11 anos. De acordo com o denunciante, ele se indigna com o fato de existir uma lei que proíbe a perturbação de sossego, mas mesmo assim precisar registrar queixas contra vizinhos.
“A burocracia atual torna ridículo que o cidadão seja obrigado a tomar as providências, uma vez que a lei já lhe assegura o direito ao descanso noturno, em paz”. Conforme o solicitante, durante o fim de ano ele ligou para a polícia para solicitar providências quanto a uma festa que ocorria em frente a casa onde mora. “As pessoas estavam bebendo no meio da rua, gritando, som alto e sem contar na aglomeração de pessoas que não eram da mesma família”. No entanto, conforme o denunciante, a polícia não atendeu a solicitação.
No dia 31, a administração municipal havia liberado eventos contidos no inciso I do Art. 3º (comemorativos domiciliares, familiares, etc..), apenas durante a passagem do dia 31 de dezembro de 2020 para o dia 1 de janeiro de 2021. Mas, as regras de segurança e prevenção contra a proliferação da covid-19 devem ser mantida. E, os eventos deveriam ser apenas entre família, ou seja, o da denúncia não corresponderia a liberação.
OCORRÊNCIAS
Cerca de 20 pessoas tentaram agredir uma equipe da Polícia Militar em dezembro. O fato ocorreu após a finalização de uma festa de confraternização em Guarapuava. De acordo com o relato policial, a ocorrência de desacato, desobediência, perturbação do sossego e resistência, aconteceu por volta das 4h05 na rua Cel. Antonio Vilaça, no bairro Vila Bela.
No endereço, os policiais constataram que algumas pessoas faziam algazarras e utilizavam som alto. A equipe policial então fez contato com o dono da casa que não teve a idade informada. Ele se comprometeu em terminar a confraternização e solicitou para que os convidados se retirassem. Entretanto, em seguida, um homem de 23 anos saiu da casa e passou a desacatar a equipe. Durante tentativa de abordagem, o jovem correu e resistiu, mas acabou contido. Porém, conforme a PM, ele passou a gritar chamando por nomes e parentes em frente da residência.
OFENSAS
De acordo com a polícia, ao perceber que o jovem estava detido, um grupo com cerca de 20 pessoas entre parentes e vizinhos, partiu para cima dos policiais tentando liberar o detido e ofendendo os policiais. Com a chegada das outras equipes, os autores correram para dentro da residência. Neste momento, um idoso de 62 anos fechou o portão e ficou segurando para que os policiais não entrassem. Na ação, o idoso sofreu uma escoriação no crânio, ocasionada pelo portão que bateu na cabeça dele.
Já dentro da casa, os policiais abordaram um homem de 38 anos, que por diversas vezes havia desacatado a equipe policial com palavras de baixo calão. Além disso, ele tentou várias vezes impedir a prisão do filho. Os policiais ainda abordaram uma jovem de 19 anos, identificada como uma das pessoas que desacataram a equipe. Além dela, os policiais militares identificaram uma mulher de 26 anos, que também fez ofensas e tentou resgatar o marido. Por fim, cinco pessoas foram encaminhadas para o 16º BPM para lavratura de termo circunstanciado.
FILMANDO
No mesmo mês, a equipe da PM se deslocou até a rua Presidente Costa e Silva, no bairro Morro Alto para atender uma ocorrência desse tipo. Conforme a PM, a equipe recebeu a denúncia que uma mulher de 37 anos estaria com som excessivamente alto.
Além disso, as denunciantes informaram que tentaram contato com a mulher e foram ameaçadas. Quando a equipe chegou ao local, a mulher estava alterada e filmou a chegada da PM. Ela também pediu para que o filho dela filmasse. No momento, a equipe solicitou que desligassem o celular e atendessem os policiais. No entanto, a mulher ergueu o tom de voz e disse que ninguém levaria o aparelho de som dela.
Diante dos fato e no interesse na representação das solicitantes, a PM apreendeu o aparelho de som e um notebook. Por fim, quando a equipe informou que a mulher seria conduzida pelo crime, ela tentou fugir pelos fundos da residência, mas os policiais a alcançaram.
OUVIDORIA
Um dos canais planejados e oferecidos pela Prefeitura de Guarapuava é a Ouvidoria destinada a receber denúncias sobre as pessoas que não estão cumprindo as medidas estabelecidas em decretos municipais para o enfrentamento à covid-19.
Assim, por meio do 156, a população pode denunciar irregularidades que ocorram em estabelecimentos comerciais ou em praças e parques públicos com relação às medidas preventivas da pandemia.
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