22/08/2023


Guarapuava Segurança

Poder judiciário inicia obras de reforma no Cadeião de Guarapuava

De acordo com as informações, as melhorias contemplam 16 cubículos. As obras trarão mais segurança à comunidade e aos guardas prisionais

cadeia

Obras na cadeia tiveram início há alguns dias (Foto: Depen)

Após chegar a mais de 500 presos no início deste ano, além de recorde de tentativas de fuga no fim do ano passado, a Cadeia de Guarapuava deu início a obras de reforma. De acordo com as informações, a verba teve origem a partir de um projeto apresentado pelo Conselho da Comunidade para a Vara de Execuções Penais (VEP).

Conforme a juíza titular da VEP em Guarapuava, Liliane Breitwisser, “a obra está sendo inteiramente financiada com recursos do Poder Judiciário, oriundos das penas pecuniárias aplicadas aos indivíduos condenados por crimes na cidade de Guarapuava, com o objetivo de melhorar a segurança pública na Região até que o Governo do Estado leve a efeito a construção da nova casa de custódia”.

Para garantir a segurança dos colaboradores da empreiteira que ganhou a licitação, uma grande operação removeu detentos para outras unidades do Estado. Assim, hoje 356 presos ocupam a cadeia, mas o projeto era para 166 presos temporários. Conforme o gestor da Cadeia Pública de Guarapuava, Wellington Rodrigo de Oliveira, não houve intercorrências durante as transferências.

Plataforma dará mais segurança aos guardas prisionais (Foto: Larissa Ortiz/Portal RSN)

Além disso, ele afirmou que “a cadeia está sob controle”. No início do ano, os presos participaram de uma greve que durou 23 dias. Nove presos fugiram por um túnel construído nesta ala, que agora passa por reforma. Desde então não houve intercorrências dentro da unidade prisional. A Cadeia de Guarapuava, em número de presos, é a maior do Estado do Paraná.

Ala velha do cadeião de Guarapuava (Foto: Depen)

SOBRE A REFORMA

Sobre a reforma, Wellington explicou que a expectativa é de que as obras dos 16 cubículos da galeria fiquem prontas até o fim do ano. “A melhoria inclui uma plataforma como já temos na ala nova. Desse modo, os guardas prisionais têm mais segurança para trabalhar. Além disso, as melhorias darão mais segurança à comunidade e mais controle sobre as tentativas de fuga”.

Ele também destacou a possibilidade de humanização no cumprimento da pena. “O Depen tem trabalhado para que cada detento tenha tratamento penal adequado. Por isso, estamos fazendo transferências constantes, e preparando cada cadeia para receber um “tipo” de preso. Como por exemplo, em Pitanga, só temos mulheres, em Manoel Ribas estamos adequando uma unidade de “seguro”. O objetivo após a reforma é que a cadeia de Guarapuava tenha opções de atividades para remissão de pena”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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