A inclusão da Estância Santa Clara, em Candói, no projeto do Governo, que prevê a concessão de parques públicos, está sendo solicitada pela deputada Cristina Silvestri. De acordo com o projeto, a ideia é incrementar o turismo sustentável nos parques estaduais, sem que o Estado perca o controle das unidades.
De acordo com Cristina Silvestri, esta seria a solução para que a estância seja recuperada. Ela fez o pedido ao secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcio Nunes.
UM POUCO DA HISTÓRIA
A Estância Hidromineral Santa Clara já foi referência em turismo no Paraná. São 121 hectares de mata nativa, que abrigou uma estrutura ímpar. Assim, entre as décadas de 60 e 70, turistas de várias partes do país e da América Latina se hospedavam nos 50 apartamentos na sede principal. Ali, um restaurante oferecia cardápios que atraíam mesmo o consumidor mais exigente.
No lado de fora, piscinas com águas termais, fonte d’água, e chalés eram atrativos à parte. De acordo com informações históricas sobre o local, até 1990 a estância era explorada pelo Candeias Clube. Porém estava sob a responsabilidade da extinta Paranatur.
O COMEÇO DO FIM
Mais tarde, foi transformado num centro de treinamento de professores. Entretanto, no primeiro mandato do então governador Roberto Requião, o Centro foi transferido para Faxinal do Céu, em Pinhão. Assim, começava uma história de descaso com o patrimônio público.
Localizada na divisa entre Candói e Pinhão, às margens do Rio Jordão, a estância foi cedida em comodato para o município de Candói, em 1995. Sem condições de manter o patrimônio, em 1998 o ex-prefeito Waltzer Donini devolveu o imóvel à Secretaria de Estado da Educação, responsável pelo local nessa época.
Hoje como Parque Estadual Santa Clara, a área está anexa à Usina Hidroelétrica Santa Clara. Porém, sem qualquer tipo de manutenção.
Para se ter uma ideia dos estragos causados pelo tempo, ainda em junho de 2002 uma auditoria do Tribunal de Contas do Paraná, classificou essa deterioração como uma das mais graves irregularidades do Governo Estadual. De acordo com os auditores, o imóvel deveria gerar receitas para o governo através de oneração para a iniciativa privada explorá-lo, tendo em vista sua estrutura e o aquífero mineral.
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